sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Promotora: dormi com a consciência tranquila

Daniela Hashimoto ainda criticou a postura da advogada Ana Lucia Assad durante o julgamento
Promotora Daniela Hashimoto elogiou a decisão da juíza Milena Dias ao condenar Lindemberg a 98 anos e 10 meses de prisão / André Lessa/ AEPromotora Daniela Hashimoto elogiou a decisão da juíza Milena Dias ao condenar Lindemberg a 98 anos e 10 meses de prisãoAndré Lessa/ AEResponsável por representar o Ministério Público no caso Eloá, a promotora Daniela Hashimoto se mostrou satisfeita com a sentença determinada pela juíza Milena Dias, além de criticar a advogada de defesa do réu, Ana Lucia Assad, e também ressaltar estar com a consciência tranquila após o fim dos trabalhos. Nessa quinta-feira, Lindemberg Alves foi condenado a 98 anos e 10 meses de prisão pela morte de Eloá Pimentel, em 2008.

A promotora elogiou o trabalho em conjunto realizado pelo Poder Judiciário e das autoridades locais. O caso foi encerrado nessa quinta-feira no Fórum de Santo André, na Grande São Paulo.

“Eu deitei ontem da mesma forma como deito após todos os dias do meu trabalho. Dormi com a consciência de que eu fiz o que escolhi para a minha vida, com a mesma tranquilidade, serenidade e com o mesmo respeito que tenho com a minha profissão”, disse Hashimoto, em entrevista à Rádio Bandeirantes.

Confira imagens do julgamento de Lindemberg

Assista à leitura da sentença da juíza Milena Dias

“Acho que esta decisão foi bastante fundamentada e indefensável. Imagino que a defesa possa recorrer da decisão, já que a Constituição prevê a possibilidade de recurso. A advogada poderá rebater os argumentos na tentativa de reduzir a pena aplicada”, explicou a promotora.

Hashimoto criticou a advogada de Lindemberg, Ana Lucia Assad. Durante o julgamento, a defesa chegou a ameaçar sua saída dos trabalhos, além de desacatar a juíza Milena Dias, afirmando que ela deveria estudar mais.

“No meu entendimento, independente de ser um juiz, um advogado ou um membro da imprensa, o comportamento que eu entendo adequado a um ser humano é o mínimo de respeito ao próximo, seja qual for o cargo que ele ocupe. Isso vai do caráter e da própria formação ética da pessoa. Eu jamais desrespeitaria um juiz dessa forma, assim como não faria o mesmo com um gari de rua”, concluiu.

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