quarta-feira, 18 de abril de 2012

DMLU pretende expandir área coberta por contêineres de lixo na Capital


Edital para contratação do serviço deve sair até início do mês de junho



Até início de junho, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) pretende lançar o edital que expandirá a área coberta por contêineres de lixo orgânico em Porto Alegre.

O objetivo é avançar sobre a atual fronteira do serviço, englobando regiões limítrofes que ainda não são atendidas.

Hoje, há 1,2 mil contêineres na cidade, que foram instalados a partir de julho do ano passado. O número de novos contêineres poderá girar em torno dessa quantidade, chegando a bairros contíguos à área hoje coberta.

A tendência é de que Praia de Belas, Menino Deus, Azenha, Santana, Rio Branco, Floresta, Moinhos de Vento e Auxiliadora, que hoje são parcialmente atendidos pela coleta mecanizada, passem a contar com mais ruas com contêineres.

Os técnicos do DMLU se debruçam sobre o edital desde o início deste ano. Os novos equipamentos poderão ter alguma diferença visual em relação aos atuais, dependendo de qual será o fornecedor, mas a cor cinza e a pintura antipichação deverão se manter. Regiões de população densa são preferenciais.

As estatísticas apontam um diferencial na expansão: a aceitação dos moradores. Quando ainda eram uma novidade, os contêineres viraram alvo de incêndios, de reclamações sobre sua localização, de mudanças irregulares de posicionamento e de mau uso, como depósito de lixo reciclável em meio ao orgânico.

A rejeição caiu. Segundo o diretor-geral em exercício do DMLU, Carlos Vicente, em julho de 2011 houve mil reclamações sobre a coleta. Em fevereiro, foram 200.

— Quando se anunciou que Porto Alegre teria contêineres, as pessoas pensaram que seriam instalados aqueles tele-entulhos. Tivemos um problema muito sério, encontramos até móveis dentro de contêineres. Os números mostram a aceitação que se teve — afirma Vicente.

Morador alerta para bairros afastados do Centro

Na zona norte da Capital, o bairro Santa Maria Goretti parece ainda distante dos contêineres, mas o representante comercial Sérgio Luiz Ribeiro, 40 anos, morador da região, adianta seu apoio ao sistema.

Para ele, uma das vantagens do contêiner é não se ver mais sacos com lixo orgânico espalhados pelas ruas, no aguardo do recolhimento. No entanto, a presença das estruturas em bairros mais afastados poderá deixá-las vulneráveis.

— Quando começar a expandir para os bairros mais distantes do Centro, poderá voltar a ocorrer alguns problemas, como os incêndios. A dificuldade é que não há câmeras de vigilância como no Centro — alerta.

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