domingo, 18 de setembro de 2011

Dilma desembarca nos EUA para primeiro discurso na ONU

Presidente quer incluir temas como redução da pobreza e preservação ambiental na agenda mundial


A presidente Dilma Rousseff aproveitará a viagem a Nova York —  que começa neste domingo e vai até quinta-feira, para colocar em discussão temas que considera fundamentais para a pauta internacional. Dilma desembarcou no Aeroporto John F. Kennedy nesta manhã deste domingo.

Nas conversas que terá com os presidentes dos Estados Unidos, França, México e Nigéria, e como com o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, Dilma deve defender medidas comuns de combate à desigualdade social, com políticas de inclusão, apontando os programas de transferência de renda do Brasil como alternativa.

A presidente também mencionará a Conferência Rio+20, que será realizada de 28 de maio a 6 de junho de 2012, no Rio de Janeiro. Dilma destacará o fato que será a maior conferência mundial sobre preservação ambiental, desenvolvimento sustentável e economia verde, definindo um novo padrão para o setor. A previsão é reunir mais de 100 líderes mundiais.

Até as vésperas de viajar, a presidente estudava a possibilidade de detalhar a decisão no Brasil de criar a Comissão da Verdade - que se destina a investigar os crimes ocorridos no país no período da ditadura (1964-1985). Não está definido se Dilma mencionará a questão sobre o acesso a documentos sigilosos, prevista no Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH), e que divide opiniões no Executivo e Legislativo.

Dilma quer aproveitar as conversas, em Nova York, para defender a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Para o governo brasileiro, o órgão não reflete o mundo atual, pois mantém a estrutura dos anos após a 2ª Guerra Mundial - com 15 membros, cinco permanentes e dez rotativos.

Os membros permanentes do conselho são a China, França, Rússia, o Reino Unido e os Estados Unidos. Os assentos rotativos estão ocupados pela Bósnia-Herzegovina, Alemanha, por Portugal, pelo Brasil, pela Índia, África do Sul, Colômbia, pelo Líbano, pelo Gabão e pela Nigéria. O mandato de alguns desses países, como o Brasil, acaba em dezembro.

Dilma e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, participarão ainda das reuniões bilaterais com chanceleres do Brics - bloco formado pelo Brasil, pela Rússia, Índia, China e África do Sul - e do G4, integrado pelo Brasil, pela Alemanha, Índia e Japão, países que defendem a ampliação dos assentos no Conselho de Segurança e querem ter um lugar permanente no órgão. 

A presidente está em Nova York acompanhada por cinco ministros: o das Relações Exteriores, da Saúde, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, do Esporte e  da Comunicação Social da Presidência da República.


Dilma desembarcou no Aeroporto John F. Kennedy na manhã deste domingo - Divulgação, Roberto Stuckert Filho/PR
Dilma desembarcou no Aeroporto John F. Kennedy na manhã deste domingo

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