quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Eleições nos maiores colégios eleitorais do RS terão embate entre aliados de Dilma


Nos 10 maiores colégios eleitorais, siglas aliadas em Brasília se enfrentarão nas urnas em 7 de outubro


 

Aliados, pero no mucho. Esse poderia ser o lema dos partidos que compõem a base do governo Dilma Rousseff, mas que assumem a condição de adversários convictos nas eleições municipais gaúchas.

Nos 10 maiores colégios eleitorais do Rio Grande do Sul, segundo levantamento feito por ZH, o futuro confronto entre governistas é visível em quase todas as cidades.

Saiba mais: Tabela dos aliados
Não por menos, na semana passada, a presidente avisou: não vai fazer campanha nem subir no palanque de nenhum candidato para não se envolver em rixas locais.

Em nove dos 10 municípios gaúchos com mais votantes, a união no âmbito federal deve ser um ingrediente à parte na política local — a exceção, até agora, é Canoas, onde há um único pré-candidato confirmado, o prefeito Jairo Jorge (PT).

Em seis cidades, PT e PMDB estão em lados opostos, como Santa Maria, na Região Central, e Novo Hamburgo e São Leopoldo, no Vale do Sinos. Em sete, há três ou mais pré-candidatos aliados em confronto.

É o caso de Porto Alegre. Diferentemente de Dilma, o governador Tarso Genro já afirmou que, apesar da disputa entre aliados, fará campanha para o concorrente petista na Capital.

Nos 10 colégios, o PTB é a legenda mais tímida: tem apenas um pré-candidato, em Pelotas. O PT é o campeão, presente em todas as cidades.

Nos casos extremos de divisão, estão Pelotas e Rio Grande, no Sul. Os municípios contabilizam cinco e quatro oponentes, respectivamente. O que pode parecer contraditório é encarado com normalidade pelo cientista político Paulo Moura, coordenador do curso de Ciências Sociais da Ulbra.

Para o especialista, é natural a busca por espaços na esfera municipal, mesmo que, em Brasília, os mesmos partidos formem bloco único. A diferença, diz ele, é que nunca um governo teve tantas siglas em sua base aliada.

Como Dilma já anunciou sua postura, a briga agora deve ser pelo apoio de Lula. Se a saúde do ex-presidente permitir, ele estará livre para marcar ponto em comícios e programas eleitorais. E poderá fazer a diferença.

— Vai ter ciumeira. Os partidos vão querer a presença dele, mas, teoricamente, Lula terá mais liberdade dessa vez. É esperar para ver — avalia Moura.


Calendário eleitoral
9 DE MAIO
Último dia para:- Requerer inscrição eleitoral ou transferência de domicílio.
- Pedir alteração no título eleitoral em caso de mudança de residência dentro do município.
- Solicitar transferência para Seção Eleitoral Especial nos casos de eleitores com deficiência ou mobilidade reduzida.

10 DE JUNHO- Partidos podem realizar convenções para decidir sobre coligações e candidaturas. O último dia para convenções é 30 de junho.

6 DE JULHO- Data a partir da qual será permitida a propaganda eleitoral e a realização de comícios.

7 DE JULHO- Passa a ser vedada, na realização de inaugurações, a contratação de shows artísticos pagos com recursos públicos.
- Passa a ser vedado a qualquer candidato comparecer a inaugurações de obras públicas.

13 DE JULHO- Último dia para qualquer cidadão denunciar a inelegibilidade de algum candidato.

29 DE JULHO- Último dia para que os títulos dos eleitores que requereram inscrição ou transferência estejam prontos para entrega.

6 DE AGOSTO- Partidos são obrigados a divulgar, pela internet, relatório discriminando receitas e despesas de campanha.

8 DE AGOSTO- Último dia para o eleitor que estiver fora do seu domicílio requerer a segunda via do título em qualquer Cartório Eleitoral.

21 DE AGOSTO- Início do período da propaganda eleitoral no rádio e na TV.

27 DE SETEMBRO- Último dia para o eleitor requerer a segunda via do título dentro do seu domicílio eleitoral.

4 DE OUTUBRO- Último dia para propaganda eleitoral e debates no rádio e na TV e para comícios.

7 DE OUTUBRO- Primeiro turno

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