Meninos mortos com choque elétrico serão sepultados esta tarde em Jacutinga
Crianças estavam jogando futebol em quadra de escola quando receberam a descarga elétrica
Velório no Ginásio Municipal reúne familiares, amigos, colegas, professores e autoridades .
O pequeno Mateus passou mal ao ver os amigos Iury Zulian e Leonardo Lodea, sem vida, no Ginásio Municipal de Jacutinga e precisou ser socorrido após desmaiar. O mesmo local em que eles tanto se reuniam para se divertir em jogos e comemorar se vestiu de luto para dizer adeus aos colegas, mortos por uma descarga elétrica em uma quadra de futebol municipal. O local está interditado desde a noite de segunda-feira, quando aconteceu o acidente e passará por perícia na tarde de quarta-feira.
A consternação não é só de familiares dos estudantes de oito e 11 anos. Amigos, colegas, professores e autoridades do município estão no Ginásio Municipal de Jacutinga acompanhando o velório dos garotos.
— Perdi minha relíquia— lamentava Gilson Lodea, com a fotografia de Leonardo nas mãos.
O menino que sonhava em ser jogador de futebol, prometia sempre ao pai que quando se cansasse dos campos voltaria para trabalhar na roça e ajudar a família. Junto com Iury, que torcia acaloradamente para o Inter, os garotos brincavam numa quadra esportiva próxima à escola em que estudavam, quando aconteceu o acidente. Período de férias, a cerca esburaqueada que cercava a quadra era a porta de entrada para os garotos que gostavam de se divertir.
O uso da quadra pelas crianças fora do período escolar era de conhecimento de todos na cidade. Construída em 2008 com recursos do Governo Federal no programa Segundo Tempo, a quadra era utilizada em dias de sol pela Escola Municipal de Ensino Fundamental Darvile Dall'Oglio. Os buracos na tela no portão de entrada e em três outros locais ao longo da cerca, mostram que a proteção não conseguia impedir o acesso.
— A gente sabia que eles iam lá, todas as crianças vão. O que nunca imaginamos é que tinha fios largando energia na cerca — contou Solessi Lansana, 42 anos, mãe de Iury.
A perícia deve ser realizada por uma equipe do Instituto Geral de Perícias, na tarde de quarta-feira. Mas é visível para quem chega no local, que um fio comum leva energia do prédio ao lado, onde funciona um clube de terceira idade, para um pequeno poste de madeira dentro da quadra. Conforme o vice-prefeito Gelssi Lodea, a ligação teria sido feita pela empreiteira ainda durante a construção da quadra e nunca foi tirada.
A Polícia Civil, que investiga o caso, acredita que o fio, que está amarrado nos postes que sustentam a tela ao redor da quadra, tenha se rompido ou desencapado em algum local, provocando a energização da tela.
No momento do acidente, sete crianças brincavam na quadra. Depois de jogar bola, eles resolveram ir embora ao ver que se armava um temporal.
— Apostamos uma corrida na quadra até a cerca. O Leonardo e o Iury chegaram antes e quando encostaram na cerca ficaram presos. A gente tentou tirar, mas também levou choque — contou um dos meninos.
O menos dos garotos conseguiu passar pelo buraco rente ao chão e chamou o pai de Leonardo, que tentou socorrer os garotos. Eles foram levados para o Hospital São Judas Tadeu, mas era tarde demais.
Os garotos serão enterrados às 16h desta terça-feira, no Cemitério Municipal de Jacutinga
A consternação não é só de familiares dos estudantes de oito e 11 anos. Amigos, colegas, professores e autoridades do município estão no Ginásio Municipal de Jacutinga acompanhando o velório dos garotos.
— Perdi minha relíquia— lamentava Gilson Lodea, com a fotografia de Leonardo nas mãos.
O menino que sonhava em ser jogador de futebol, prometia sempre ao pai que quando se cansasse dos campos voltaria para trabalhar na roça e ajudar a família. Junto com Iury, que torcia acaloradamente para o Inter, os garotos brincavam numa quadra esportiva próxima à escola em que estudavam, quando aconteceu o acidente. Período de férias, a cerca esburaqueada que cercava a quadra era a porta de entrada para os garotos que gostavam de se divertir.
O uso da quadra pelas crianças fora do período escolar era de conhecimento de todos na cidade. Construída em 2008 com recursos do Governo Federal no programa Segundo Tempo, a quadra era utilizada em dias de sol pela Escola Municipal de Ensino Fundamental Darvile Dall'Oglio. Os buracos na tela no portão de entrada e em três outros locais ao longo da cerca, mostram que a proteção não conseguia impedir o acesso.
— A gente sabia que eles iam lá, todas as crianças vão. O que nunca imaginamos é que tinha fios largando energia na cerca — contou Solessi Lansana, 42 anos, mãe de Iury.
A perícia deve ser realizada por uma equipe do Instituto Geral de Perícias, na tarde de quarta-feira. Mas é visível para quem chega no local, que um fio comum leva energia do prédio ao lado, onde funciona um clube de terceira idade, para um pequeno poste de madeira dentro da quadra. Conforme o vice-prefeito Gelssi Lodea, a ligação teria sido feita pela empreiteira ainda durante a construção da quadra e nunca foi tirada.
A Polícia Civil, que investiga o caso, acredita que o fio, que está amarrado nos postes que sustentam a tela ao redor da quadra, tenha se rompido ou desencapado em algum local, provocando a energização da tela.
No momento do acidente, sete crianças brincavam na quadra. Depois de jogar bola, eles resolveram ir embora ao ver que se armava um temporal.
— Apostamos uma corrida na quadra até a cerca. O Leonardo e o Iury chegaram antes e quando encostaram na cerca ficaram presos. A gente tentou tirar, mas também levou choque — contou um dos meninos.
O menos dos garotos conseguiu passar pelo buraco rente ao chão e chamou o pai de Leonardo, que tentou socorrer os garotos. Eles foram levados para o Hospital São Judas Tadeu, mas era tarde demais.
Os garotos serão enterrados às 16h desta terça-feira, no Cemitério Municipal de Jacutinga
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