“Posso ajudar mais como deputado”
fevereiro 6, 2012 |
Odeputado federal Paulo Pi-menta (PT) é hoje uma das figuras chaves para a eleição municipal que acontece em outubro. Porém, tem destaque
à frente da Bancada Gaúcha no Congresso Nacional e isso se reflete em todos os setores. Pimenta foi o mais votado do PT no Rio Grande do Sul, com 153 mil votos, nas eleições de 2010.
Atualmente, na Câmara dos Deputados, acumula as funções da coordenação da Bancada Gaúcha, que reúne os 31 deputados mais os 3 senadores do RS, e o posto de único deputado gaúcho do PT membro titular do Parlamento do Mercosul (Parlasul). Foi também considerado um dos parlamentares mais atuantes, em pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), órgão que avalia o desempenho dos políticos frente às questões mais relevantes para o Brasil.
Desta forma, com todas as possibilidades que se apresentam, inclusive
com o nome pretendido pelas lideranças petistas em Santa Maria para disputar a Prefeitura, o deputado, em entrevista exclusiva para o jornal A Razão, abre o jogo e fala de eleição municipal, governo
Schirmer e Tarso e comenta sua atuação em Brasília.
Em questionamentos amplos e direitos, em nenhum momento fugiu das perguntas e de forma categórica deixou praticamente descartada
uma candidatura ao Paço Municipal. Também comentou que o prefeito Cezar Schirmer (PMDB), com quem tem bom relacionamento, vendeu muitas ilusões nas últimas eleições e não fazer o que prometeu.
Ainda fez referência direta de que não existe possibilidade alguma de aproximação entre PT e PMDB em Santa Maria. Abaixo, a entrevista.
Jornal A Razão – Embora o PT de Santa Maria tenha decidido só apresentar seu candidato à Prefeitura em março, hoje o senhor estaria disponível para ser o candidato do partido em 2012 ou continua com a posição manifestada anteriormente de não concorrer ao cargo?
Em função das minhas tarefas como coordenador da Bancada Gaúcha; como deputado federal mais votado do PT no RS; como membro titular do Parlamento do Mercosul; em razão das minhas responsabilidades com os mais de 150 mil votos em todo Estado, especialmente no interior, minha compreensão é de que a melhor forma que tenho para ajudar nossa cidade é como deputado federal. Essa compreensão é que tem orientado a minha posição e as manifestações que tenho feito.
Jornal A Razão – A demora do PT em definir seu candidato não irá prejudicar a política de alianças para o próximo pleito municipal?
Não creio que o amadurecimento desta decisão leve a um prejuízo eleitoral para o partido, pelo contrário, cada vez mais, tenho ouvido da população que seja apresentada uma alternativa de futuro diferente para a cidade. Na medida em que estiver consolidada e for oficializada, tenho certeza que se formará um leque importante de apoios em torno dessa candidatura e dessa proposta.
Jornal A Razão – Há quem cogite a possibilidade do PT não apresentar candidato próprio a prefeito de Santa Maria, ou apresentar um de menor expressão, para favorecer a candidatura à reeleição de Cezar Schirmer, como parte de uma costura política nacional ou estadual do PT com o PMDB. O que o senhor tem a dizer sobre isso?
Com certeza, não é minha opinião, tampouco é a minha visão a respeito do que deve ser a estratégia do PT para a cidade. Tenho certeza que o objetivo do Partido dos Trabalhadores deve ser juntamente com seus aliados reconquistar a prefeitura de Santa Maria. Creio também que quem mais terá a ganhar com isso será a própria cidade, que sente saudades dos avanços positivos e favoráveis que marcou Santa Maria em função da parceria que fizemos com o prefeito Valdeci, durante o governo do Presidente Lula.
Jornal A Razão – Pelo fato dos dois partidos integrarem a base de sustentação do governo da presidente Dilma Roussef, existe alguma chance de uma aproximação entre PT e PMDB com vistas a eleição municipal de 2012 em Santa Maria?
Essa possibilidade não existe. Temos uma relação madura, respeitosa, que tem como interesse maior o apoio a Santa Maria. No entanto, nossos partidos têm divergências históricas, especialmente no Rio Grande do Sul e visões diferentes a cerca de algumas questões, que para nós são muito importantes. Por isso, não há nenhuma possibilidade de estarmos juntos na eleição próxima para prefeitura porque representamos modelos diferentes no que diz respeito ao projeto para Santa Maria.
Jornal A Razão – O PT está unido internamente em Santa Maria ? Como está a sua relação com o deputado estadual Valdeci Oliveira e o Secretário de Justiça Fabiano Pereira, considerados junto com o senhor lideranças do partido no município?
Tenho uma relação histórica de amizade e parceria com o deputado Valdeci Oliveira. Junto com Valdeci, fiz parte da primeira bancada eleita do Partido dos Trabalhadores para a Câmara de Vereadores de Santa Maria, em 1988. De lá para cá, consolidamos uma relação de muito respeito e parceria no trabalho. Da mesma forma, não tenho qualquer problema na relação com o ex-deputado Fabiano Pereira. Temos a noção do nosso papel, da nossa responsabilidade, para o futuro do nosso partido, não só em Santa Maria, mas em toda a região centro. Hoje, temos também a possibilidade de apresentarmos a Santa Maria não só nossos nomes, mas outros nomes que reúnem todas as condições para serem novas e importantes lideranças do nosso partido, como é o caso da vereadora Helen Cabral, do presidente do PT, Valdir Oliveira, do militante do movimento comunitário Cristiano Schumacher, dos demais vereadores que compõem a nossa bancada e várias outras lideranças, algumas delas, inclusive, cumprindo missões junto ao Governo do Estado e do Governo Federal.
Jornal A Razão – Qual a sua avaliação do desempenho da administração do prefeito Schirmer?
Considero o prefeito Schirmer uma pessoa de bem. Um político que tem uma história importante e que merece ser respeitada. O principal problema da administração do prefeito Schirmer deriva da sua conduta na campanha eleitoral que lhe elegeu e a forma como os partidos que hoje são governo exerceram oposição posição ao Governo Valdeci. O Valdeci foi um bom prefeito para Santa Maria e o prefeito Schirmer vendeu a ilusão, na campanha eleitoral, que os problemas que a cidade enfrenta eram de fácil solução e que ele seria capaz de resolvê-los todos como num “passe de mágica”.
Quando o prefeito assumiu e se deparou com o desafio de administrar Santa Maria sofreu um choque de realidade. Basta um mínimo de esforço para lembrarmos, por exemplo, dos programas eleitorais do Schirmer que prometiam encher o Distrito Industrial de novas indústrias e empresas para que inclusive os estudantes formados em Santa Maria e que saíram daqui iriam voltar às centenas a nossa cidade. Ou as promessas simplórias de que iria resolver todo o problema de esgoto e do saneamento de Santa Maria; a construção do túnel da Acampamento junto à rua Tuiuti, ou da Floriano Peixoto com a Presidente Vargas; todas as escolas funcionando em tempo integral e os postos de saúde com especialistas funcionando 24 horas por dia. Só de lembrar isso já fica evidente a fragilidade e a falta de cuidado com que esses temas foram abordados.
Por isso a decepção da população, porque acreditou num discurso que vendia a ilusão de que todos os problemas da cidade estariam resolvidos durante a sua gestão. As principais realizações e obras em Santa Maria ainda são frutos dos projetos aprovados e financiados ainda no Governo Valdeci Oliveira. Quero fazer uma ressalva que em nenhum momento levei em consideração esses aspectos e continuem ajudando a cidade, trazendo recursos, com a mesma determinação e vontade que fiz ao longo de todo meu mandato e milhões de reais continuam chegando a Santa Maria para melhorar a vida da população a partir de iniciativas e realizações do nosso trabalho.
Jornal A Razão: Qual sua relação de trabalho com o prefeito Schirmer?
Nunca fui de fazer oposição por fazer, pelo contrário, sempre procurei ajudar Santa Maria. Fiz isso com o prefeito Osvaldo Nascimento, José Farret, Valdeci. Jamais deixaria de ajudar a nossa cidade. Tampouco, as críticas que faço me impedem de reconhecer pontos importantes, por exemplo, a decoração de Natal, jamais deixaria de reconhecer isso pelo fato de ser oposição e parabenizo a administração por essa realização.
Onde identifica os maiores problemas da administração atual?
Sem dúvida nenhuma, na saúde a situação encontra-se de forma mais precária, mesmo com elevado grau de terceirização e parcerias privadas, o resultado para o cidadão foi uma redução da qualidade do atendimento. Na área da educação, na área do desenvolvimento e geração de empregos, apesar da boa vontade do prefeito, a verdade é que de resultado prático nada aconteceu. O prefeito não conseguiu montar uma equipe à altura do que se propôs a realizar para Santa Maria. A atenção com relação à infra-estrutura dos bairros e vilas está muito distante daquilo que se desejava, e até mesmo pela minha vinculação com o esporte, é difícil de entender os motivos de tão pouco apoio ao esporte amador e às iniciativas locais, e por outro lado, a administração, às vezes, gastando centenas, milhares de reais como, por exemplo, para apoiar uma etapa da competição de hipismo na cidade que a grande maioria da população nem ficou sabendo.
Jornal A Razão – Na sua avaliação, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) estão andando a contento no país, no estado e em Santa Maria?
No país, de uma forma geral, o ritmo das obras é visível. Os investimentos estão aí em infra-estrutura, estradas, Minha Casa, Minha Vida. É evidente que a população de Santa Maria tem dificuldades para entender por que aquele volume de obras e investimentos, que foi uma marca importante do Governo Valdeci com recursos e projetos aprovados, acabou sendo paralisado durante a administração do atual governo. Muitas obras jamais recomeçaram e isso criou uma frustração. Eu entendo que a cidade, hoje, não consegue acompanhar o ritmo e os desafios de dar conta das obras e investimentos possíveis de serem feitos no país em função do PAC. Dou como exemplo o Proinfância, programa do Governo Federal que possibilitou a Santa Maria que ela pudesse ser contemplada com 12 creches, e até hoje só uma foi iniciada, no Parque Pinheiro Machado, mas num ritmo extremamente lento de execução.
Jornal A Razão – A atuação da bancada do PT na Câmara de Vereadores como oposição ao Executivo Municipal estaria ficando abaixo da expectativas, com alguns têm comentado?
Não. O que ocorre é que o Schirmer tem apoio de 10 dos 14 vereadores e isso tira a possibilidade de uma ação forte de uma oposição do Legislativo. O Valdeci nunca governou com maioria, sempre teve uma forte oposição que, por exemplo, impediu durante toda administração do Valdeci a criação da taxa de iluminação pública, mas que tão logo virou governo uma das primeiras coisas que fez foi aprovar aquilo que sempre combateu. É difícil você fazer uma oposição consistente com 4 vereadores.
Jornal A Razão – O senhor acredita que o governador Tarso Genro conseguirá atender as reivindicações salariais de entidades sindicais tradicionalmente vinculadas ao PT, como o CPERS/Sindicato?
O governador Tarso Genro tem assumido o desafio de enfrentar a crise financeira do Rio Grande do Sul. Está construindo um plano de recuperação salarial dos servidores, que, em meu ponto de vista, até o final de sua gestão trará um resultado bastante positivo para todas essas categorias envolvidas nesse debate.
Fonte: Jornal A Razão
à frente da Bancada Gaúcha no Congresso Nacional e isso se reflete em todos os setores. Pimenta foi o mais votado do PT no Rio Grande do Sul, com 153 mil votos, nas eleições de 2010.
Atualmente, na Câmara dos Deputados, acumula as funções da coordenação da Bancada Gaúcha, que reúne os 31 deputados mais os 3 senadores do RS, e o posto de único deputado gaúcho do PT membro titular do Parlamento do Mercosul (Parlasul). Foi também considerado um dos parlamentares mais atuantes, em pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), órgão que avalia o desempenho dos políticos frente às questões mais relevantes para o Brasil.
Desta forma, com todas as possibilidades que se apresentam, inclusive
com o nome pretendido pelas lideranças petistas em Santa Maria para disputar a Prefeitura, o deputado, em entrevista exclusiva para o jornal A Razão, abre o jogo e fala de eleição municipal, governo
Schirmer e Tarso e comenta sua atuação em Brasília.
Em questionamentos amplos e direitos, em nenhum momento fugiu das perguntas e de forma categórica deixou praticamente descartada
uma candidatura ao Paço Municipal. Também comentou que o prefeito Cezar Schirmer (PMDB), com quem tem bom relacionamento, vendeu muitas ilusões nas últimas eleições e não fazer o que prometeu.
Ainda fez referência direta de que não existe possibilidade alguma de aproximação entre PT e PMDB em Santa Maria. Abaixo, a entrevista.
Jornal A Razão – Embora o PT de Santa Maria tenha decidido só apresentar seu candidato à Prefeitura em março, hoje o senhor estaria disponível para ser o candidato do partido em 2012 ou continua com a posição manifestada anteriormente de não concorrer ao cargo?
Em função das minhas tarefas como coordenador da Bancada Gaúcha; como deputado federal mais votado do PT no RS; como membro titular do Parlamento do Mercosul; em razão das minhas responsabilidades com os mais de 150 mil votos em todo Estado, especialmente no interior, minha compreensão é de que a melhor forma que tenho para ajudar nossa cidade é como deputado federal. Essa compreensão é que tem orientado a minha posição e as manifestações que tenho feito.
Jornal A Razão – A demora do PT em definir seu candidato não irá prejudicar a política de alianças para o próximo pleito municipal?
Não creio que o amadurecimento desta decisão leve a um prejuízo eleitoral para o partido, pelo contrário, cada vez mais, tenho ouvido da população que seja apresentada uma alternativa de futuro diferente para a cidade. Na medida em que estiver consolidada e for oficializada, tenho certeza que se formará um leque importante de apoios em torno dessa candidatura e dessa proposta.
Jornal A Razão – Há quem cogite a possibilidade do PT não apresentar candidato próprio a prefeito de Santa Maria, ou apresentar um de menor expressão, para favorecer a candidatura à reeleição de Cezar Schirmer, como parte de uma costura política nacional ou estadual do PT com o PMDB. O que o senhor tem a dizer sobre isso?
Com certeza, não é minha opinião, tampouco é a minha visão a respeito do que deve ser a estratégia do PT para a cidade. Tenho certeza que o objetivo do Partido dos Trabalhadores deve ser juntamente com seus aliados reconquistar a prefeitura de Santa Maria. Creio também que quem mais terá a ganhar com isso será a própria cidade, que sente saudades dos avanços positivos e favoráveis que marcou Santa Maria em função da parceria que fizemos com o prefeito Valdeci, durante o governo do Presidente Lula.
Jornal A Razão – Pelo fato dos dois partidos integrarem a base de sustentação do governo da presidente Dilma Roussef, existe alguma chance de uma aproximação entre PT e PMDB com vistas a eleição municipal de 2012 em Santa Maria?
Essa possibilidade não existe. Temos uma relação madura, respeitosa, que tem como interesse maior o apoio a Santa Maria. No entanto, nossos partidos têm divergências históricas, especialmente no Rio Grande do Sul e visões diferentes a cerca de algumas questões, que para nós são muito importantes. Por isso, não há nenhuma possibilidade de estarmos juntos na eleição próxima para prefeitura porque representamos modelos diferentes no que diz respeito ao projeto para Santa Maria.
Jornal A Razão – O PT está unido internamente em Santa Maria ? Como está a sua relação com o deputado estadual Valdeci Oliveira e o Secretário de Justiça Fabiano Pereira, considerados junto com o senhor lideranças do partido no município?
Tenho uma relação histórica de amizade e parceria com o deputado Valdeci Oliveira. Junto com Valdeci, fiz parte da primeira bancada eleita do Partido dos Trabalhadores para a Câmara de Vereadores de Santa Maria, em 1988. De lá para cá, consolidamos uma relação de muito respeito e parceria no trabalho. Da mesma forma, não tenho qualquer problema na relação com o ex-deputado Fabiano Pereira. Temos a noção do nosso papel, da nossa responsabilidade, para o futuro do nosso partido, não só em Santa Maria, mas em toda a região centro. Hoje, temos também a possibilidade de apresentarmos a Santa Maria não só nossos nomes, mas outros nomes que reúnem todas as condições para serem novas e importantes lideranças do nosso partido, como é o caso da vereadora Helen Cabral, do presidente do PT, Valdir Oliveira, do militante do movimento comunitário Cristiano Schumacher, dos demais vereadores que compõem a nossa bancada e várias outras lideranças, algumas delas, inclusive, cumprindo missões junto ao Governo do Estado e do Governo Federal.
Jornal A Razão – Qual a sua avaliação do desempenho da administração do prefeito Schirmer?
Considero o prefeito Schirmer uma pessoa de bem. Um político que tem uma história importante e que merece ser respeitada. O principal problema da administração do prefeito Schirmer deriva da sua conduta na campanha eleitoral que lhe elegeu e a forma como os partidos que hoje são governo exerceram oposição posição ao Governo Valdeci. O Valdeci foi um bom prefeito para Santa Maria e o prefeito Schirmer vendeu a ilusão, na campanha eleitoral, que os problemas que a cidade enfrenta eram de fácil solução e que ele seria capaz de resolvê-los todos como num “passe de mágica”.
Quando o prefeito assumiu e se deparou com o desafio de administrar Santa Maria sofreu um choque de realidade. Basta um mínimo de esforço para lembrarmos, por exemplo, dos programas eleitorais do Schirmer que prometiam encher o Distrito Industrial de novas indústrias e empresas para que inclusive os estudantes formados em Santa Maria e que saíram daqui iriam voltar às centenas a nossa cidade. Ou as promessas simplórias de que iria resolver todo o problema de esgoto e do saneamento de Santa Maria; a construção do túnel da Acampamento junto à rua Tuiuti, ou da Floriano Peixoto com a Presidente Vargas; todas as escolas funcionando em tempo integral e os postos de saúde com especialistas funcionando 24 horas por dia. Só de lembrar isso já fica evidente a fragilidade e a falta de cuidado com que esses temas foram abordados.
Por isso a decepção da população, porque acreditou num discurso que vendia a ilusão de que todos os problemas da cidade estariam resolvidos durante a sua gestão. As principais realizações e obras em Santa Maria ainda são frutos dos projetos aprovados e financiados ainda no Governo Valdeci Oliveira. Quero fazer uma ressalva que em nenhum momento levei em consideração esses aspectos e continuem ajudando a cidade, trazendo recursos, com a mesma determinação e vontade que fiz ao longo de todo meu mandato e milhões de reais continuam chegando a Santa Maria para melhorar a vida da população a partir de iniciativas e realizações do nosso trabalho.
Jornal A Razão: Qual sua relação de trabalho com o prefeito Schirmer?
Nunca fui de fazer oposição por fazer, pelo contrário, sempre procurei ajudar Santa Maria. Fiz isso com o prefeito Osvaldo Nascimento, José Farret, Valdeci. Jamais deixaria de ajudar a nossa cidade. Tampouco, as críticas que faço me impedem de reconhecer pontos importantes, por exemplo, a decoração de Natal, jamais deixaria de reconhecer isso pelo fato de ser oposição e parabenizo a administração por essa realização.
Onde identifica os maiores problemas da administração atual?
Sem dúvida nenhuma, na saúde a situação encontra-se de forma mais precária, mesmo com elevado grau de terceirização e parcerias privadas, o resultado para o cidadão foi uma redução da qualidade do atendimento. Na área da educação, na área do desenvolvimento e geração de empregos, apesar da boa vontade do prefeito, a verdade é que de resultado prático nada aconteceu. O prefeito não conseguiu montar uma equipe à altura do que se propôs a realizar para Santa Maria. A atenção com relação à infra-estrutura dos bairros e vilas está muito distante daquilo que se desejava, e até mesmo pela minha vinculação com o esporte, é difícil de entender os motivos de tão pouco apoio ao esporte amador e às iniciativas locais, e por outro lado, a administração, às vezes, gastando centenas, milhares de reais como, por exemplo, para apoiar uma etapa da competição de hipismo na cidade que a grande maioria da população nem ficou sabendo.
Jornal A Razão – Na sua avaliação, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) estão andando a contento no país, no estado e em Santa Maria?
No país, de uma forma geral, o ritmo das obras é visível. Os investimentos estão aí em infra-estrutura, estradas, Minha Casa, Minha Vida. É evidente que a população de Santa Maria tem dificuldades para entender por que aquele volume de obras e investimentos, que foi uma marca importante do Governo Valdeci com recursos e projetos aprovados, acabou sendo paralisado durante a administração do atual governo. Muitas obras jamais recomeçaram e isso criou uma frustração. Eu entendo que a cidade, hoje, não consegue acompanhar o ritmo e os desafios de dar conta das obras e investimentos possíveis de serem feitos no país em função do PAC. Dou como exemplo o Proinfância, programa do Governo Federal que possibilitou a Santa Maria que ela pudesse ser contemplada com 12 creches, e até hoje só uma foi iniciada, no Parque Pinheiro Machado, mas num ritmo extremamente lento de execução.
Jornal A Razão – A atuação da bancada do PT na Câmara de Vereadores como oposição ao Executivo Municipal estaria ficando abaixo da expectativas, com alguns têm comentado?
Não. O que ocorre é que o Schirmer tem apoio de 10 dos 14 vereadores e isso tira a possibilidade de uma ação forte de uma oposição do Legislativo. O Valdeci nunca governou com maioria, sempre teve uma forte oposição que, por exemplo, impediu durante toda administração do Valdeci a criação da taxa de iluminação pública, mas que tão logo virou governo uma das primeiras coisas que fez foi aprovar aquilo que sempre combateu. É difícil você fazer uma oposição consistente com 4 vereadores.
Jornal A Razão – O senhor acredita que o governador Tarso Genro conseguirá atender as reivindicações salariais de entidades sindicais tradicionalmente vinculadas ao PT, como o CPERS/Sindicato?
O governador Tarso Genro tem assumido o desafio de enfrentar a crise financeira do Rio Grande do Sul. Está construindo um plano de recuperação salarial dos servidores, que, em meu ponto de vista, até o final de sua gestão trará um resultado bastante positivo para todas essas categorias envolvidas nesse debate.
Fonte: Jornal A Razão
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