terça-feira, 20 de março de 2012

Governo lança programa nacional de educação no campo


Presidente Dilma Rousseff demonstrou preocupação com os pequenos agricultores


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Governo lança programa nacional de educação no campo Wilson Dias/ABR
Dilma participou do lançamento, em Brasília Foto: Wilson Dias / ABR

A presidente Dilma Rousseff lançou nesta terça-feira, em cerimônia no Palácio do Planalto, o Programa Nacional de Educação no Campo (Pronacampo). O programa tem o objetivo de formar professores, educar jovens e adultos e garantir práticas pedagógicas para reduzir as distorções no cenário educacional do campo brasileiro.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, destacou que a iniciativa "vai dar uma grande contribuição para que o Brasil resgate uma dívida histórica".

— Não temos uma política específica de educação para os jovens que vivem no campo brasileiro. O Pronacampo tende a reverter essa situação — disse o ministro.

A presidente Dilma Rousseff demonstrou, em seu discurso, preocupação, sobretudo com os pequenos agricultores, da agricultura familiar e assentados. Segundo ela, parte significativa da população mais pobre do país está em áreas de quilombolas ou nas áreas onde não houve prosseguimento das ações de reforma agrária.

Ela destacou a importância da iniciativa do Pronacampo, que vai preparar os estudantes na sua área, que é responsável por boa parte do superávit comercial do país.

A presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), senadora Kátia Abreu (PSD-TO), presente à solenidade, disse que as "políticas públicas se concentraram no campo apenas com transporte escolar e nada mais".

— São décadas de abandono no campo — disse a senadora, que elogiou a iniciativa do governo.

Durante a cerimônia, uma mulher com boné do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) pediu que a escola do campo "seja como a nossa casa, não como a casa alheia" e entregou à presidente um dicionário sobre a educação no campo.

Segundo dados do Ministério da Educação (MEC), no campo, 23,18% da população com mais de 15 anos é analfabeta e 50,95% não concluiu o ensino fundamental.

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