sábado, 10 de março de 2012

Israel mata 12 palestinos na Faixa de Gaza em série de bombardeios


Cerca de 20 pessoas sofreram ferimentos na ação


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A aviação israelense matou 12 palestinos na madrugada deste sábado na Faixa de Gaza, em uma série de bombardeios nas últimas horas, após disparos de foguetes contra o território hebreu, informaram fontes médicas.

A força aérea de Israel realizou mais de 15 ataques contra o território palestino, destacou o porta-voz dos serviços de emergência em Gaza, Adham Abu Selmiya. Além dos 12 mortos, o bombardeio deixou 19 feridos.

A última vítima fatal foi Mohammed al-Ghamry, 26 anos, atingido em Deir el-Balah, no centro da Faixa de Gaza. A mesma ação deixou outros quatro palestinos feridos.

Em outro ataque, a aviação de Israel matou dois homens em Beit Lahiya, no norte da Faixa de Gaza, declarou à AFP o porta-voz dos serviços de emergência dos territórios, Adham Abu Selmiya. A dupla pertencia ao braço armado da organização radical Jihad Islâmica.

Um terceiro bombardeio matou o secretário-geral do movimento radical Comitês da Resistência Popular (CRP), Zuheir al Qaisi, que segundo Israel "era responsável pela preparação de um ataque terrorista combinado e que deveria ser realizado através do Sinai nos próximos dias".

Além de Zuheir, o ataque matou Mahmud Hanani, outro dirigente do CRP.

Mahmud Hanani era um dos 1.027 prisioneiros palestinos libertados por Israel, em outubro passado, em troca do soldado israelense Gilad Shalit, detido durante cinco anos pelo Hamas na Faixa de Gaza.

Uma quarta operação, contra o leste da cidade de Gaza, matou três combatentes das Brigadas Al Qods, braço armado da Jihad Islâmica.

Outros seis membros das Brigadas Al Qods, incluindo dois combatentes, morreram durante a tarde nos ataques aéreos, que atingiram o centro da cidade de Gaza, segundo a Jihad Islâmica.

Ao menos quinze moradores de Gaza, incluindo um jornalista da agência palestina Ma'an, foram feridos nos ataques aéreos da noite de sexta-feira e madrugada de sábado, segundo os serviços de emergência de Gaza.

A ação israelense ocorre em meio ao disparo de mais de 30 foguetes e tiros de morteiro contra o sul de Israel a partir da Faixa de Gaza, deixando quatro feridos.

O movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, observa uma trégua de fato com Israel, mas os combatentes de outros grupos lançam foguetes contra o território hebreu com frequência, provocando a reação israelense.

Em um comunicado, o ministério do Interior do Hamas qualificou os ataques de "escalada sionista de crime injustificado que visa a desestabilizar a situação de segurança em Gaza e impedir os esforços de reconciliação (entre os palestinos)".

Os ataques israelenses foram condenados pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas.

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