sexta-feira, 9 de março de 2012

PMDB nacional não intervirá, mas pede candidato próprio para disputar prefeitura da Capital


Presidente do partido diz que é preciso recobrar protagonismo, mas aliança com PDT deve se manter


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PMDB nacional não intervirá, mas pede candidato próprio para disputar prefeitura da Capital Galileu Oldenburg/Divulgação
Alternativa para contentar Raupp (de paletó escuro) seria lançar Ibsen (de pé) candidato a prefeito

Diante de um vaivém de espetos de picanha, vazio e salsichão, o presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp, esteve na quinta-feira em Porto Alegre para dar seu recado aos peemedebistas gaúchos: time que não joga, fica sem torcida.

Para uma centena de correligionários, Raupp deixou claro que a saída para a crise do partido no Rio Grande do Sul é o lançamento de candidaturas próprias a prefeito em todos os municípios – inclusive na Capital –, o que está longe de acontecer.

Embora tenha evitado criticar os colegas, Raupp deu sinais de que a falta de protagonismo nas grandes cidades o preocupa. E há motivos para isso: levantamento feito por ZH indica que, nos 10 maiores colégios eleitorais gaúchos, o PMDB tem candidato competitivo, até agora, em três: Santa Maria, Gravataí e Rio Grande.

O quadro mais problemático é mesmo o de Porto Alegre. De um lado, o diretório municipal, presidido pelo vereador Sebastião Melo, quer manter a aliança com o prefeito José Fortunati (PDT), candidato à reeleição. De outro, líderes estaduais e federais, sob a batuta do deputado federal Osmar Terra, insistem em voo solo.

Acompanhado do ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures, braço direito do vice-presidente Michel Temer (PMDB), Raupp disse o que a cúpula do partido espera dos gaúchos:

— Nossa cruzada é por candidaturas próprias, e a candidatura em Porto Alegre é muito importante. Assim como em Pelotas, Caxias, Canoas. Saio daqui torcendo por esse entendimento.

O primeiro passo foi dado com a criação de uma comissão encarregada de discutir caso a caso e bater o martelo até abril. Entre os integrantes, estão os deputados federais Osmar Terra e Alceu Moreira, os estaduais Márcio Biolchi e Giovani Feltes, além de Melo.

Apesar disso, nos bastidores, a tendência é de que a situação mude muito pouco. Na Capital, a candidatura própria está praticamente sepultada. Como Raupp descartou a chance de intervenção e o diretório municipal permanece irredutível, o casamento entre Fortunati e o PMDB deve se manter.

— Palavra empenhada deve ser respeitada. Apoiar o projeto que Fogaça deixou não é crime — afirma Melo.

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