Dona de caderno da década de 1960 descoberto em escola de Estrela é encontrada na Capital
Observação com lupa revelou que proprietária se chamava Erci, e não Eva — o que facilitou a procura
Caderno de português de 1961 foi encontrado intacto sob o assoalho de uma sala de aula
Ela não se chamava Eva. A observação aumentada com uma lupa revelou que a dona do caderno de 1961, encontrado no Colégio Martin Luther, em Estrela, chamava-se Erci. Seu sobrenome, possivelmente era Wolf.
Com essa possibilidade, a busca entre antigos funcionários da escola e moradores da cidade fez Zero Hora localizar em Porto Alegre Erci Wolf Koch, 62 anos, a dona do caderno tido como relíquia na escola.
Olhando com mais atenção às letras delicadas que davam forma ao nome da dona do caderno, nesta quinta-feira, o professor Werner Kurt Higelmann decifrou que o nome, inicialmente dito como Eva, poderia ser Erci. Ninguém na escola recordava de alguma Eva entre as internas da década de 1960. Erci era o nome citado pelas pessoas procuradas em busca de pistas da aluna.
Erci Wolf Koch, 62 anos, mora hoje em Porto Alegre
— Não lembro de ter pedido nenhum caderno, mas pela data e se está escrito meu nome, só pode ser meu. Não havia outra Erci — assegura a dentista aposentada.
Outro fato reafirma a propriedade do caderno. Observando a sala de aula onde foi encontrado, o professor de história e vice-diretor da escola percebeu que o caderno podia ter caído do sótão por uma cavidade na parede e ficou abaixo do assoalho nestes 51 anos. Foi encontrado durante uma reforma no piso das salas mais antigas, há cerca de 10 dias.
— Podia ter caído do sótão, sim. No final de cada ano, nós guardávamos lá, em caixas, o material que poderíamos usar no ano seguinte. E também tinha vezes que dávamos umas escapadinhas para o sótão, brincar — relembra Erci.
Na época em que usou o caderno, pelo conteúdo estudado, a aluna estava com 11 anos, quase na metade do período que ficou interna em Estrela, longe dos pais. Nascida em Santa Catarina, ela se mudou à cidade do Vale do Taquari com sete anos para estudar no colégio Martin Luther, onde permaneceu até os 15 anos e meio.
— Tenho muitas lembranças daquela época, que era muito diferente da educação de agora — diz.
Entre as recordações, carinho especial a dois professores que a fizeram não sentir-se tão sozinha afastada da família. E também dos ditados das aulas de alemão, inglês e português, registrados no caderno encontrado.
— Há muitos ditados e a cada palavra errada, a professora riscava e a aluna repetia a palavra em duas linhas — relata Higelmann.
Ainda não há data marcada, mas o desejo do professor de entregar o caderno a sua dona será realizado em breve.
— Quero muito ver esse caderno, lembrar do que aprendi e mostrar para minhas duas filhas e minha neta — orgulha-se Erci.
Com essa possibilidade, a busca entre antigos funcionários da escola e moradores da cidade fez Zero Hora localizar em Porto Alegre Erci Wolf Koch, 62 anos, a dona do caderno tido como relíquia na escola.
Olhando com mais atenção às letras delicadas que davam forma ao nome da dona do caderno, nesta quinta-feira, o professor Werner Kurt Higelmann decifrou que o nome, inicialmente dito como Eva, poderia ser Erci. Ninguém na escola recordava de alguma Eva entre as internas da década de 1960. Erci era o nome citado pelas pessoas procuradas em busca de pistas da aluna.
Erci Wolf Koch, 62 anos, mora hoje em Porto Alegre
— Não lembro de ter pedido nenhum caderno, mas pela data e se está escrito meu nome, só pode ser meu. Não havia outra Erci — assegura a dentista aposentada.
Outro fato reafirma a propriedade do caderno. Observando a sala de aula onde foi encontrado, o professor de história e vice-diretor da escola percebeu que o caderno podia ter caído do sótão por uma cavidade na parede e ficou abaixo do assoalho nestes 51 anos. Foi encontrado durante uma reforma no piso das salas mais antigas, há cerca de 10 dias.
— Podia ter caído do sótão, sim. No final de cada ano, nós guardávamos lá, em caixas, o material que poderíamos usar no ano seguinte. E também tinha vezes que dávamos umas escapadinhas para o sótão, brincar — relembra Erci.
Na época em que usou o caderno, pelo conteúdo estudado, a aluna estava com 11 anos, quase na metade do período que ficou interna em Estrela, longe dos pais. Nascida em Santa Catarina, ela se mudou à cidade do Vale do Taquari com sete anos para estudar no colégio Martin Luther, onde permaneceu até os 15 anos e meio.
— Tenho muitas lembranças daquela época, que era muito diferente da educação de agora — diz.
Entre as recordações, carinho especial a dois professores que a fizeram não sentir-se tão sozinha afastada da família. E também dos ditados das aulas de alemão, inglês e português, registrados no caderno encontrado.
— Há muitos ditados e a cada palavra errada, a professora riscava e a aluna repetia a palavra em duas linhas — relata Higelmann.
Ainda não há data marcada, mas o desejo do professor de entregar o caderno a sua dona será realizado em breve.
— Quero muito ver esse caderno, lembrar do que aprendi e mostrar para minhas duas filhas e minha neta — orgulha-se Erci.
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