segunda-feira, 28 de maio de 2012

Problemas na Capital28/05/2012 | 07h49

Greve nos ônibus provoca transtornos no deslocamento entre o Continente e a Ilha

Porteiro André Gustavo Rodrigues não teve como voltar para casa depois do trabalho

Greve nos ônibus provoca transtornos no deslocamento entre o Continente e a Ilha Charles Guerra/Agencia RBS
Com a paralisação no transporte coletivo, usuários têm de buscar alternativas na Capital
Por causa da greve de motoristas e cobradores de ônibus, passageiros do transporte coletivo que moram na região continental de Florianópolis tiveram problemas para chegar à área central da cidade, na Ilha, na manhã desta segunda-feira.

>>> GALERIA DE FOTOS: greve nos ônibus provoca transtornos para passageiros na Grande Florianópolis
O porteiro André Gustavo Rodrigues, 23 anos, não teve como voltar para casa depois do trabalho, no Bairro Abraão. Ele chegou ao ponto às 5h40min, como de costume, mas não tinha ônibus.

— Meu Deus! Não sei o que fazer — disse.

O auxiliar de serviços gerais Adenir Silva, 45, também teve problemas para se locomover. Ele estava no Bairro Estreito. Não pôde pegar uma das vans por causa do preço: R$ 5.

— Eles (motoristas e cobradores) podem fazer greve. Mas não podem atingir a população.

A cuidadora de idosos Maria Helena Dias, 31, foi ao trabalho a pé porque sabia que não teria ônibus. Caminhou do Estreito ao Jardim Atlântico.

— A sorte minha é que posso ir caminhando. E os outros, como fica? — indagou.



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Falta de ônibus agrava congestionamentos em FLorianópolis. Veja fotos.

Fique atento ao serviço para tentar driblar os trantornos:

:: Ônibus municipais em frota mínima
- Se a lei for cumprida, 70% da frota funcionará nos horários de pico
- Serão 331 ônibus circulando das 6h30min às 9h e das 16h30min às 20h30min.
- 30% da frota nos horários de entre pico
- 138 ônibus circulando entre 0h e 6h29min, 9h01min e 16h29min, e das 20h30min à 0h.

:: Fiscalização
- Os fiscais de terminal da prefeitura vão verificar o cumprimento do quadro de horários.
- Em caso de descumprimento, a prefeitura vai acionar a procuradoria do Ministério Público Federal do Trabalho para tomar as medidas jurídicas cabíveis.

:: Serviço de Transporte Especial

Funcionamento:

-- Cinco bolsões de transporte alternativo serão criados na região central de Florianópolis.

-- A frota, de 430 veículos, será composta por ônibus, micro-ônibus e vans já cadastrados pela prefeitura para turismo e transporte escolar.

-- Nos bairros, os passageiros vão embarcar e desembarcar nos pontos de ônibus. Os terminais de integração estarão fechados.

:: Regiões atendidas
- Área central, Continente, Norte da Ilha, Leste da Ilha e Sul da Ilha.

:: Percurso
- Os veículos vão percorrer o mesmo trajeto do transporte coletivo e estão orientados a parar em todos os pontos de ônibus que tenham passageiros.

:: Preço da passagem
- R$ 4 para a área central da cidade, que vai do Centro ao Norte, até o Floripa Shopping, ao Leste até o Itacorubi e ao Sul até o aeroporto.

- R$ 5 para as outras regiões.

:: Horário de circulação
- Das 5h às 20h.

- Após esse horário, os veículos só vão circular se houver demanda.

Fonte: Secretaria Municipal de Transportes, Mobilidade e Termina



Sobre a greve:
Em assembleia feita na noite deste domingo os trabalhadores do transporte público da Grande Florianópolis mantiveram a decisão de paralisar as atividades a partir da 0h desta segunda-feira. A paralisação deve durar 24 horas. Uma nova reunião no fim da tarde desta segunda-feira discute os rumos do movimento. Na quinta-feira, em três assembleias, a categoria já havia decidido pela greve.

O encontro deste domingo — em que compareceram cerca de 2 mil trabalhadores — foi marcado depois que as empresas propuseram ganho real de 2% diante do pedido de 5%. Além disso, eles ofereceram reajuste no vale-refeição, de R$ 380 para R$ 410.

Como não propuseram nada sobre a redução da carga horária de 6h40min para 6h, a maioria dos trabalhadores decidiu manter a decisão.

O que querem os trabalhadores

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Aumento salarial com base no INPC e mais 5%.
::: Redução da jornada de trabalho de 6h40min para 6h, sem redução salarial.

O que diz o Setuf

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A diminuição da carga horária é inviável, pois exigiria a contratação de mais funcionários, e as empresas não podem arcar com o custo, que teria impacto no preço da passagem.

::: A prefeitura já sinalizou que não vai mais autorizar aumento de tarifa.

Em mapa, veja onde ocorreram transtornos com a greve:
Visualizar Paralisação do transporte urbano de Florianópolis em um mapa maior

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