segunda-feira, 18 de junho de 2012

ONG relata novos bombardeios em Homs, na Síria

Observatório Sírio dos Direitos Humanos afirma que 40 pessoas teriam morrido


As forças governamentais retomaram nesta segunda-feira o bombardeio à cidade rebelde de Homs (centro) e as operações na província de Damasco, indicou uma ONG síria que relatou a morte de pelo menos 40 pessoas em toda a Síria.
"Os bombardeios a Homs foram retomados, explosões foram ouvidas em vários bairros da cidade", um reduto do movimento de contestação, indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Sete pessoas, incluindo três rebeldes, foram mortas nesta segunda-feira na província de Homs, nas regiões vizinhas de Qousseir e em Rastan, segundo a mesma fonte.
O Conselho Nacional Sírio (CNS), a principal coalizão de oposição, disse nesta semana que 30.000 soldados e membros de milícias pró-governo cercaram Homs e pediu uma resolução da ONU que obrigue Damasco a parar com a repressão.
O OSDH indicou, por sua vez, "1.000 famílias encurraladas" em Homs, enquanto o chefe da missão da ONU na Síria, o general Robert Mood, anunciou no sábado a suspensão das operações dos observadores, lançando um apelo para a evacuação de civis.
Na província de Damasco, várias localidades foram alvos de extensas operações militares.
Seis civis, incluindo duas crianças, foram mortos em "violentos bombardeios" de Douma, 13 km a nordeste de Damasco, enquanto combates noturnos eram travados entre as forças regulares e rebeldes, indicou o OSDH, que também informou sobre a explosão de uma bomba em Mouadamiyet Al-Sham que matou um civil.
Durante a noite, a cidade de Qoudsaya, a oeste da capital, foi alvo de um "violento bombardeio com armas pesadas", depois de uma manifestação contra o regime, de acordo com um militante, Fares Mohammad, citando "significativos reforços militares que chegaram a Qodsaya, fazendo um cerco asfixiante".
Nessa província, as forças regulares, apoiadas por tanques, invadiram a aldeia de Hreira após bombardear a área, causando mortes entre os moradores, afirmou o OSDH.
O jornal Al-Watan, alinhado ao governo, apontou "a morte de centenas de terroristas nas últimas três semanas às portas de Damasco", dizendo que "os serviços do Exército e da segurança fizeram o chão tremer sob os pés dos terroristas que tentavam entrar em Damasco".
Na província de Deir Ezzor (leste), sete pessoas, incluindo dois rebeldes, foram mortos em uma explosão e em confrontos na cidade de Mouhsen.
Na região de Deraa (sul), berço da contestação, um civil morreu em um bombardeio noturno contra Bosra al-Sham, e um outro, sob o fogo das forças de segurança em Tafas.
Outros confrontos entre soldados e rebeldes também foram registrados em Loujat e Sheikh Meskine, na mesma província.
Na região de Hama (centro), duas irmãs foram mortas no bombardeio a Qalaat al-Madiq, e um civil por tiros da Segurança.
Uma mulher foi morta a tiros em Aleppo (norte), e duas outras pessoas perderam a vida na província de Latakia (norte).
Na província de Idleb, dois civis também foram atingidos por disparos das forças de segurança.
O OSDH informou ainda a morte de pelo menos 10 soldados do Exército regular em combates durante a madrugada nas províncias de Deir Ezzor e Damasco.

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