Com prazo de 20 meses para atuar, Tarso cria Comissão da Verdade do Estado
Governador, que recebeu jurista espanhol Baltasar Garzón, ainda não definiu componentes
Garzón, que deu entrevista com Tarso, lamenta falta de iniciativas como a Comissão da Verdade em seu país Foto: Caco Argemi / Palácio Piratini
Para jogar luz sobre crimes cometidos na ditadura militar, o governador Tarso Genro assinou nesta terça-feira o decreto que instituiu a Comissão Estadual da Verdade, que atuará pelo período de 20 meses.
O ato ocorreu durante o seminário Direitos Humanos, Desenvolvimento e Criminalidade Global, que contou com a participação do jurista espanhol Baltasar Garzón, famoso por ter emitido ordem de prisão de Augusto Pinochet, e do ministro Gilson Dipp, coordenador da Comissão da Verdade que investiga crimes da ditadura no Brasil.
Os cinco membros titulares da comissão estadual, que encerrará os seus trabalhos junto com o grupo que atua em nível federal, ainda não foram escolhidos por Tarso. Entre os critérios, estão a reputação ilibada e o histórico de envolvimento com as causas dos direitos humanos e da democracia.
Condecorado por Tarso com a Comenda da Ordem do Ponche Verde, maior honraria oferecida pelo Palácio Piratini, Garzón celebrou a criação da Comissão Estadual da Verdade e fez críticas ao governo espanhol.
— O meu país teve uma ditadura de 40 anos. Porém, não está pronto para enfrentar a sua própria história — disse Garzón, referindo-se ao período em que o país foi governado pelo general Francisco Franco.
Mais cedo, Garzón e Tarso concederam entrevista para apresentar a comissão da verdade. O espanhol defendeu a criação dos grupos:
— Uma comissão onde se estabelecem âmbitos em que não se pode penetrar e trazer a verdade reparadora à sociedade em geral não seria realmente uma comissão — disse o juiz.
O governador apresentou o juiz espanhol como um símbolo da luta contra a corrupção em um momento que avalia ser de crise das instituições diplomáticas. Recebeu de volta elogios por ter criado a Comissão Estadual da Verdade. Questionado sobre assuntos internacionais, o espanhol comentou também o caso de impeachment do ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo.
— Foi um golpe de Estado. Não foi um processo limpo — disse.
O ato ocorreu durante o seminário Direitos Humanos, Desenvolvimento e Criminalidade Global, que contou com a participação do jurista espanhol Baltasar Garzón, famoso por ter emitido ordem de prisão de Augusto Pinochet, e do ministro Gilson Dipp, coordenador da Comissão da Verdade que investiga crimes da ditadura no Brasil.
Os cinco membros titulares da comissão estadual, que encerrará os seus trabalhos junto com o grupo que atua em nível federal, ainda não foram escolhidos por Tarso. Entre os critérios, estão a reputação ilibada e o histórico de envolvimento com as causas dos direitos humanos e da democracia.
Condecorado por Tarso com a Comenda da Ordem do Ponche Verde, maior honraria oferecida pelo Palácio Piratini, Garzón celebrou a criação da Comissão Estadual da Verdade e fez críticas ao governo espanhol.
— O meu país teve uma ditadura de 40 anos. Porém, não está pronto para enfrentar a sua própria história — disse Garzón, referindo-se ao período em que o país foi governado pelo general Francisco Franco.
Mais cedo, Garzón e Tarso concederam entrevista para apresentar a comissão da verdade. O espanhol defendeu a criação dos grupos:
— Uma comissão onde se estabelecem âmbitos em que não se pode penetrar e trazer a verdade reparadora à sociedade em geral não seria realmente uma comissão — disse o juiz.
O governador apresentou o juiz espanhol como um símbolo da luta contra a corrupção em um momento que avalia ser de crise das instituições diplomáticas. Recebeu de volta elogios por ter criado a Comissão Estadual da Verdade. Questionado sobre assuntos internacionais, o espanhol comentou também o caso de impeachment do ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo.
— Foi um golpe de Estado. Não foi um processo limpo — disse.
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