quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Protógenes Queiroz defende CPI das privatizações: "Ela já nasceu com provas"

Deputado que quer abrir investigação no Congresso está em Porto Alegre para o Fórum Temático

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nto aguarda o fim do recesso parlamentar para levar adiante a criação da CPI das privatizações no Congresso, o deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB) trabalha para mobilizar a opinião pública. Em Porto Alegre, o delegado licenciado da Polícia Federal acompanhou, ontem, o lançamento regional do livro "A Privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Jr, dentro da programação do Fórum Social Temático. 

A publicação denuncia supostas irregularidades nas privatizações durante o governo Fernando Henrique Cardoso e motivou Queiroz a pedir a abertura da comissão parlamentar de inquérito. Segundo ele, a CPI "já nasceu com provas", fazendo referência ao conteúdo do livro. No fim de dezembro, Protógenes Queiroz apresentou ao presidente da Câmara, Marco Maia, o pedido de criação da comissão com 209 assinaturas (seriam necessárias 171). 

— Tivemos até assinaturas de parlamentares do PSDB — afirmou o deputado, que diz não temer uma eventual pressão sobre os colegas para que o apoio seja retirado. 

Na tarde desta quinta-feira, Queiroz também iria participar de um encontro com ativistas do acampamento da juventude, no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, para debater a necessidade da criação da CPI.

— Tenho recebido muito apoio para que a comissão seja levada adiante. É a população que está cobrando e que provoca os debates sobre os fatos levantados. Não posso fugir desse compromisso com o público.

Em 2008, Protógenes Queiroz foi o responsável pelas investigações que resultaram na Operação Satiagraha, em que foram presos o banqueiro Daniel Dantas, o investidor Naji Nahas, do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e outros 14 acusados de corrupção. Dantas é um dos nomes que voltaram à tona com a publicação do livro. Para o ex-delegado, isso evidencia a continuidade do esquema de corrupção.

— Os personagens que estariam envolvidos nas irregularidades nos anos 90, apontados pelo livro, são os mesmos com os quais me deparei em 2008, nas investigações da Satiagraha. Os operadores da fraude continuam os mesmos. Existe uma espécie linha de produção da corrupção, que sempre se repete.

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