Jovem que atropelou 17 pessoas será indiciado por tentativa de homicídio com dolo eventual
Nesta quarta-feira, a Polícia Civil ouviu 11 vítimas do jovem
Em foto do leitor Roger Sterfany, é possível ver o local do atropelamento, momentos antes do acidente
O jovem Gilberto Luiz Pelizzer Júnior, 18 anos, que atropelou pelo menos 17 pessoas na madrugada de terça-feira, em balneário Quintão, deverá ser indiciado por tentativa de homicídio com dolo eventual (assumiu o risco).
Nesta quarta-feira, a Polícia Civil ouviu 11 vítimas do jovem. Pelo menos cinco delas disseram ter visto alguém, dentro do carro, disparar para o alto.
O atropelamento coletivo ocorreu próximo ao número 3.500 da Avenida Esparta, nas imediações do supermercado Asun, um ponto de encontro de jovens e adolescentes nas noites de Carnaval.
Em circunstâncias ainda investigadas pela polícia, Pelizzer avançou a sua caminhonete EcoSport contra uma multidão. Pela versão do jovem, ele teria se assustado e, temendo linchamento, tentou fugir, atropelando as pessoas. Ele diz ainda que estava sozinho no veículo e que nenhum tiro teria sido disparado de dentro da caminhonete.
Testemunhas, porém, disseram a Zero Hora, e confirmaram à Polícia Civil, que Pelizzer teria se irritado com algumas pessoas, que lançavam espuma com spray no veículo, e acelerado contra a multidão.
Logo após o acidente, um delegado plantonista de Cidreira havia enquadrado a atitude do motorista como "lesão corporal culposa (sem intenção)". Nesta quarta-feira, o delegado Peterson Benitez, responsável pelo caso, disse que o motorista deverá ser indiciado por "tentativa de homicídio com dolo eventual".
— Ele será enquadrado por dolo eventual. Em princípio, ele teria alternativas para evitar os atropelamentos, não evitou e assumiu o risco.
A partir do novo enquadramento, ele poderá ter a prisão preventiva decretada a qualquer momento.
Semelhança com atropelamento de ciclistas na Capital:
No dia 25 de fevereiro de 2011, o bancário Ricardo Neis atropelou um grupo de ciclistas no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre. O incidente deixou 15 feridos. As vítimas integravam o movimento Massa Crítica, que defende o uso da bicicleta como meio de transporte.
Depois de preso, o motorista alegou que se sentiu ameaçado pelo ciclistas e acabou arrancando o veículo. O filho de Neis, que também estava no carro, alegou que os integrantes do movimento começaram a bater no carro.
Os ciclistas negaram as ameaças e agressões. O episódio foi amplamente divulgado em redes sociais e sites de vídeos na internet, com imagens do momento exato do atropelamento coletivo dos ciclistas. O episódio ganhou repercussão internacional.
Neis foi autuado por 17 tentativas de homicídio triplamente qualificadas. A promotora de Justiça Lúcia Helena Callegari, autora da denúncia, alegou que, ao acelerar seu automóvel contra as vítimas, Neis deu início ao ato de matar e causou lesões corporais comprovadas pelos boletins de atendimento médico. Ele chegou chegou a fica uma semana preso, mas responde o processo em liberdade.
Em gráfico, veja como foi o atropelamento
Nesta quarta-feira, a Polícia Civil ouviu 11 vítimas do jovem. Pelo menos cinco delas disseram ter visto alguém, dentro do carro, disparar para o alto.
O atropelamento coletivo ocorreu próximo ao número 3.500 da Avenida Esparta, nas imediações do supermercado Asun, um ponto de encontro de jovens e adolescentes nas noites de Carnaval.
Em circunstâncias ainda investigadas pela polícia, Pelizzer avançou a sua caminhonete EcoSport contra uma multidão. Pela versão do jovem, ele teria se assustado e, temendo linchamento, tentou fugir, atropelando as pessoas. Ele diz ainda que estava sozinho no veículo e que nenhum tiro teria sido disparado de dentro da caminhonete.
Testemunhas, porém, disseram a Zero Hora, e confirmaram à Polícia Civil, que Pelizzer teria se irritado com algumas pessoas, que lançavam espuma com spray no veículo, e acelerado contra a multidão.
Logo após o acidente, um delegado plantonista de Cidreira havia enquadrado a atitude do motorista como "lesão corporal culposa (sem intenção)". Nesta quarta-feira, o delegado Peterson Benitez, responsável pelo caso, disse que o motorista deverá ser indiciado por "tentativa de homicídio com dolo eventual".
— Ele será enquadrado por dolo eventual. Em princípio, ele teria alternativas para evitar os atropelamentos, não evitou e assumiu o risco.
A partir do novo enquadramento, ele poderá ter a prisão preventiva decretada a qualquer momento.
Semelhança com atropelamento de ciclistas na Capital:
No dia 25 de fevereiro de 2011, o bancário Ricardo Neis atropelou um grupo de ciclistas no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre. O incidente deixou 15 feridos. As vítimas integravam o movimento Massa Crítica, que defende o uso da bicicleta como meio de transporte.
Depois de preso, o motorista alegou que se sentiu ameaçado pelo ciclistas e acabou arrancando o veículo. O filho de Neis, que também estava no carro, alegou que os integrantes do movimento começaram a bater no carro.
Os ciclistas negaram as ameaças e agressões. O episódio foi amplamente divulgado em redes sociais e sites de vídeos na internet, com imagens do momento exato do atropelamento coletivo dos ciclistas. O episódio ganhou repercussão internacional.
Neis foi autuado por 17 tentativas de homicídio triplamente qualificadas. A promotora de Justiça Lúcia Helena Callegari, autora da denúncia, alegou que, ao acelerar seu automóvel contra as vítimas, Neis deu início ao ato de matar e causou lesões corporais comprovadas pelos boletins de atendimento médico. Ele chegou chegou a fica uma semana preso, mas responde o processo em liberdade.
Em gráfico, veja como foi o atropelamento
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