Mais rebocadores chegam para resgatar cruzeiro à deriva no Oceano Índico
Com mil passageiros a bordo, Costa Alegra está sendo levado para as ilhas Seicheles
Navio ficou à deriva após incêndio nesta segunda-feira Foto: Marinha da Índia / Gabinete da presidência de Seychelles
O transatlântico Costa Alegra, que ficou à deriva no Oceano Índico com mais de mil pessoas a bordo, em uma região habitualmente repleta de piratas, estava sendo levado para as ilhas Seicheles. Nesta terça, dois rebocadores chegaram até o local em que o navio se encontrava para ajudar o barco francês Trevignon, que havia ficado a cargo do navio avariado.
Um navio da guarda costeira de Seicheles também chegou ao local em que estava Costa Alegra, cuja posição exata não foi divulgada. Segundo a Costa Cruzeiros, a chegada de outros rebocadores permitirá "aumentar a velocidade" do traslado do Costa Allegra.
O Costa Alegra ficou à deriva desde um incêndio ocorrido na segunda-feira na sala de máquinas, que foi extinto sem causar vítimas.
"Desembarcar na ilha de Desroches não contava com as condições necessárias e adequadas para (...) os passageiros", explicou a companhia Costa Cruzeiros em comunicado, afirmando que não havia capacidade para receber todos os passageiros.
As autoridades de Seicheles confirmaram a mudança de rumo, completando que o navio devia chegar a Mahé entre quarta-feira à noite e quinta-feira pela manhã.
Há 627 passageiros a bordo, de várias nacionalidades, entre eles dois brasileiros, e 413 tripulantes.
O "Costa Alegra" pertence à companhia de navegação ítalo-americana Costa Cruzeiros, proprietária do "Costa Concordia", que naufragou no último 13 de janeiro em frente à ilha italiana de Giglio deixando 32 mortos.
A Costa afirmou na terça-feira em comunicado que os dois acontecimentos não são comparáveis. No entanto, reconheceu que dois incidentes desse tipo em tão pouco tempo são prejudiciais à sua "reputação".
O cruzeiro, de 188 metros da popa à proa, zarpou no sábado de Madagascar rumo às ilhas Seychelles e previa seguir para Omã e Egito. O navio, com 399 camarotes, foi construído em 1992, remodelado em 2006 e pode transportar um máximo de 1.400 pessoas.
Pirataria
Nove militares italianos, especializados no combate à pirataria, que afeta com frequência essa região, encontram-se a bordo do cruzeiro.
— Não se corre perigo de pirataria, mas não podemos garantir 100% — comentou o comandante Giorgio Moretti, diretor de operações marítimas da companhia, que descartou que o cruzeiro possa encalhar como ocorreu em janeiro com o "Costa Concordia".
Dois aviões, um de Seicheles e outro da Índia, escoltam o barco. Navios estrangeiros de vigilância tentam intervir em Seychelles há vários anos para tentar reduzir o número de piratas na região.
Por outro lado, dois reféns morreram durante uma operação da Marinha dinamarquesa que liberou outros 16 reféns em um barco pirata em frente à costa da Somália, anunciou nesta terça-feira a marinha escandinava.
O barco dinamarquês faz parte de uma missão liderada pela Otan que tenta combater a pirataria em frente à costa da Somália e do leste da África.
Leia a nota da Costa Cruzeiros:
Na tarde desta terça, às 12h20 (Hora Central Européia), dois rebocadores chegaram ao Costa Allegra para ajudar o navio, bem como a segunda embarcação de pesca Ocean. O Costa Allegra continua a ser rebocado pelo navio pesqueiro com bandeira francesa “Trévignon” e mantém uma velocidade de cerca de seis nós. Na atual velocidade e com condições estáveis de clima, o Costa Allegra pode chegar a Mahé, antes da data prevista, a manhã de quinta, dia 1º.
Nesta quarta, dia 29, deve chegar um helicóptero levando lanternas (cerca de 400) e pão fresco, já que a bordo não é possível prepará-los, embora não faltem alimentos e outros itens de conforto.
Com a chegada de um pequeno gerador, carregado por um navio da Marinha que estava nas redondezas como suporte, a tripulação do navio está fazendo todo o possível para tornar a situação a bordo mais confortável, buscando restaurar serviços básicos do navio. A velocidade do navio, apesar do clima quente e úmido, cria uma leve brisa que ajuda a tornar a situação mais confortável.
Enquanto isso, no início da tarde de hoje, a “Equipe de Atendimento” da Costa Crociere chegou a Mahé: Um grupo de 14 pessoas incluindo executivos e gerentes qualificados, bem como técnicos especializados, encarregados de oferecer a assistência necessária tanto para o navio quanto os hóspedes e tripulação na sua chegada em Mahé.
Os membros da “Equipe de Atendimento” imediatamente se reuniram com autoridades locais e com os responsáveis pela coordenação do salvamento para definir os detalhes operacionais da chegada dos hóspedes na ilha e garantir as acomodações necessárias em hotéis locais, bem como a organização eficiente da sua volta para o destino final.
Oito deles vão visitar o Costa Allegra na manhã desta quarta, com a ajuda de um navio da Marinha local, para se reunir com os hóspedes e discutir com eles todos os arranjos necessários, auxiliando também a equipe do navio em inspeções técnicas mais detalhadas. Juntamente com a “Equipe de Atendimento” Costa, estarão dois oficiais da Imigração das Ilhas Seychelles para ajudar a organizar as verificações e procedimentos.
Um navio da guarda costeira de Seicheles também chegou ao local em que estava Costa Alegra, cuja posição exata não foi divulgada. Segundo a Costa Cruzeiros, a chegada de outros rebocadores permitirá "aumentar a velocidade" do traslado do Costa Allegra.
O Costa Alegra ficou à deriva desde um incêndio ocorrido na segunda-feira na sala de máquinas, que foi extinto sem causar vítimas.
"Desembarcar na ilha de Desroches não contava com as condições necessárias e adequadas para (...) os passageiros", explicou a companhia Costa Cruzeiros em comunicado, afirmando que não havia capacidade para receber todos os passageiros.
As autoridades de Seicheles confirmaram a mudança de rumo, completando que o navio devia chegar a Mahé entre quarta-feira à noite e quinta-feira pela manhã.
Há 627 passageiros a bordo, de várias nacionalidades, entre eles dois brasileiros, e 413 tripulantes.
O "Costa Alegra" pertence à companhia de navegação ítalo-americana Costa Cruzeiros, proprietária do "Costa Concordia", que naufragou no último 13 de janeiro em frente à ilha italiana de Giglio deixando 32 mortos.
A Costa afirmou na terça-feira em comunicado que os dois acontecimentos não são comparáveis. No entanto, reconheceu que dois incidentes desse tipo em tão pouco tempo são prejudiciais à sua "reputação".
O cruzeiro, de 188 metros da popa à proa, zarpou no sábado de Madagascar rumo às ilhas Seychelles e previa seguir para Omã e Egito. O navio, com 399 camarotes, foi construído em 1992, remodelado em 2006 e pode transportar um máximo de 1.400 pessoas.
Pirataria
Nove militares italianos, especializados no combate à pirataria, que afeta com frequência essa região, encontram-se a bordo do cruzeiro.
— Não se corre perigo de pirataria, mas não podemos garantir 100% — comentou o comandante Giorgio Moretti, diretor de operações marítimas da companhia, que descartou que o cruzeiro possa encalhar como ocorreu em janeiro com o "Costa Concordia".
Dois aviões, um de Seicheles e outro da Índia, escoltam o barco. Navios estrangeiros de vigilância tentam intervir em Seychelles há vários anos para tentar reduzir o número de piratas na região.
Por outro lado, dois reféns morreram durante uma operação da Marinha dinamarquesa que liberou outros 16 reféns em um barco pirata em frente à costa da Somália, anunciou nesta terça-feira a marinha escandinava.
O barco dinamarquês faz parte de uma missão liderada pela Otan que tenta combater a pirataria em frente à costa da Somália e do leste da África.
Leia a nota da Costa Cruzeiros:
Na tarde desta terça, às 12h20 (Hora Central Européia), dois rebocadores chegaram ao Costa Allegra para ajudar o navio, bem como a segunda embarcação de pesca Ocean. O Costa Allegra continua a ser rebocado pelo navio pesqueiro com bandeira francesa “Trévignon” e mantém uma velocidade de cerca de seis nós. Na atual velocidade e com condições estáveis de clima, o Costa Allegra pode chegar a Mahé, antes da data prevista, a manhã de quinta, dia 1º.
Nesta quarta, dia 29, deve chegar um helicóptero levando lanternas (cerca de 400) e pão fresco, já que a bordo não é possível prepará-los, embora não faltem alimentos e outros itens de conforto.
Com a chegada de um pequeno gerador, carregado por um navio da Marinha que estava nas redondezas como suporte, a tripulação do navio está fazendo todo o possível para tornar a situação a bordo mais confortável, buscando restaurar serviços básicos do navio. A velocidade do navio, apesar do clima quente e úmido, cria uma leve brisa que ajuda a tornar a situação mais confortável.
Enquanto isso, no início da tarde de hoje, a “Equipe de Atendimento” da Costa Crociere chegou a Mahé: Um grupo de 14 pessoas incluindo executivos e gerentes qualificados, bem como técnicos especializados, encarregados de oferecer a assistência necessária tanto para o navio quanto os hóspedes e tripulação na sua chegada em Mahé.
Os membros da “Equipe de Atendimento” imediatamente se reuniram com autoridades locais e com os responsáveis pela coordenação do salvamento para definir os detalhes operacionais da chegada dos hóspedes na ilha e garantir as acomodações necessárias em hotéis locais, bem como a organização eficiente da sua volta para o destino final.
Oito deles vão visitar o Costa Allegra na manhã desta quarta, com a ajuda de um navio da Marinha local, para se reunir com os hóspedes e discutir com eles todos os arranjos necessários, auxiliando também a equipe do navio em inspeções técnicas mais detalhadas. Juntamente com a “Equipe de Atendimento” Costa, estarão dois oficiais da Imigração das Ilhas Seychelles para ajudar a organizar as verificações e procedimentos.
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