Mesmo preocupada, Dilma quer Planalto longe da briga entre Lula e Gilmar Mendes
Presidente admite que situação pode causar uma crise entre Executivo e Judiciário
Preocupada com o acirramento dos ânimos às vésperas do julgamento do mensalão, a presidente Dilma Rousseff disse que o governo não entrará na briga entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Dilma avalia que a situação é perigosa, tem potencial de estrago que beira a crise institucional nas relações entre Executivo e Judiciário, e transmitiu esse recado na conversa mantida na terça-feira com o presidente do STF, Ayres Britto. O encontro durou uma hora e 10 minutos, no Planalto.
Embora petistas estejam fazendo desagravos públicos a Lula, a presidente ordenou silêncio aos auxiliares após falar com ele por telefone. A ordem é blindar o Planalto dos torpedos vindos da CPI do Cachoeira e dos ataques de Mendes. Lula estará nesta quarta em Brasília, onde fará uma palestra no 5º Fórum Ministerial de Desenvolvimento, e vai se encontrar com Dilma.
Pela estratégia definida até agora, o governo fará de tudo para se desviar da polêmica e repassará a tarefa das respostas políticas ao PT. O ministro do STF jogou, na terça-feira, mais combustível na crise, ao responsabilizar Lula por uma "central de divulgação" de intrigas contra ele.
Embora dirigentes do PT saiam em defesa de Lula, a cúpula do partido avalia que é preciso calibrar o contra-ataque, porque qualquer reação intempestiva contra o Judiciário prejudicaria os réus do mensalão.
— Não acreditamos que Mendes nem nenhum integrante do Supremo esteja ligado ao crime organizado de Carlinhos Cachoeira — disse o deputado Jilmar Tatto (SP), líder do PT na Câmara.
— A CPI não foi instalada para apurar possíveis desvios de conduta de ministros do Supremo, mas, sim, para desbaratar o crime organizado de Cachoeira. Quem alimenta esse tipo de polêmica quer desviar o foco da CPI e vamos dar um basta nisso, encerrando essa polêmica.
Mesmo ressalvando que não baterá boca com Mendes, o deputado André Vargas (PR), secretário de Comunicação do PT, achou "estranha" a versão do magistrado sobre o encontro.
— Por que Lula iria falar com um ministro que foi indicado pelo PSDB e não com os oito que ele indicou? E por que Mendes só divulgou essa conversa um mês depois, às vésperas do depoimento de Demóstenes Torres no Conselho de ética? — questionou.
Dilma avalia que a situação é perigosa, tem potencial de estrago que beira a crise institucional nas relações entre Executivo e Judiciário, e transmitiu esse recado na conversa mantida na terça-feira com o presidente do STF, Ayres Britto. O encontro durou uma hora e 10 minutos, no Planalto.
Embora petistas estejam fazendo desagravos públicos a Lula, a presidente ordenou silêncio aos auxiliares após falar com ele por telefone. A ordem é blindar o Planalto dos torpedos vindos da CPI do Cachoeira e dos ataques de Mendes. Lula estará nesta quarta em Brasília, onde fará uma palestra no 5º Fórum Ministerial de Desenvolvimento, e vai se encontrar com Dilma.
Pela estratégia definida até agora, o governo fará de tudo para se desviar da polêmica e repassará a tarefa das respostas políticas ao PT. O ministro do STF jogou, na terça-feira, mais combustível na crise, ao responsabilizar Lula por uma "central de divulgação" de intrigas contra ele.
Embora dirigentes do PT saiam em defesa de Lula, a cúpula do partido avalia que é preciso calibrar o contra-ataque, porque qualquer reação intempestiva contra o Judiciário prejudicaria os réus do mensalão.
— Não acreditamos que Mendes nem nenhum integrante do Supremo esteja ligado ao crime organizado de Carlinhos Cachoeira — disse o deputado Jilmar Tatto (SP), líder do PT na Câmara.
— A CPI não foi instalada para apurar possíveis desvios de conduta de ministros do Supremo, mas, sim, para desbaratar o crime organizado de Cachoeira. Quem alimenta esse tipo de polêmica quer desviar o foco da CPI e vamos dar um basta nisso, encerrando essa polêmica.
Mesmo ressalvando que não baterá boca com Mendes, o deputado André Vargas (PR), secretário de Comunicação do PT, achou "estranha" a versão do magistrado sobre o encontro.
— Por que Lula iria falar com um ministro que foi indicado pelo PSDB e não com os oito que ele indicou? E por que Mendes só divulgou essa conversa um mês depois, às vésperas do depoimento de Demóstenes Torres no Conselho de ética? — questionou.
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