domingo, 3 de junho de 2012

Presidente sírio atribui conflitos no país a "forças externas"

Bashar al-Assad afirmou que a nação passa pelo seu momento mais crítico desde o colonialismo

O presidente sírio Bashar al-Assad negou, neste domingo, que seu governo tenha qualquer relação com o massacre ocorrido há uma semana na região central de Houla, em que mais de 100 pessoas morreram. Em pronunciamento feito frente ao parlamento do país, ele culpou "forças externas" pela crise no país e afirmou que a nação passa por seu momento mais crítico desde o colonialismo.

Oposição e governo acusam-se mutuamente pelo massacre de Houla. Assad afirmou que não será indulgente com os "terroristas" que, segundo ele, são culpados pela crise.

— Vamos perdoar somente àqueles que renunciarem ao terrorismo — afirmou.

O pronunciamento de Assad é o primeiro desde o massacre. As palavras do líder desafiaram o crescente ataque internacional a seu regime, pela violenta repressão à oposição.

A mensagem deste domingo, no entanto foi similar a discursos prévios, nos quais ele atribuiu a terroristas o movimento popular que começou em março do ano passado no país. O último discurso de Assad havia ocorrido em 10 de janeiro.

A revolta no país começou em março de 2011 com protestos inicialmente pacíficos. No entanto, uma feroz repressão levou a muitos integrantes da oposição a tomarem as armas.

— Nos impuseram uma batalha e o resultado é este derramamento de sangue — disse o presidente sírio.

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