Ex-capitães dão dicas de como D'Ale deve liderar o Inter contra o Juan Aurich
Argentino já era capitão quando tinha pouco mais de 20 anos no River Plate
O atual capitão do Inter não precisa de dicas para comandar o time na Libertadores. O cabelo arrepiado ainda era farto, no viço dos 20 e poucos anos, e o argentino já apertava a braçadeira junto ao braço no River Plate. Mas, vamos combinar: diante do Juan Aurich, no Beira-Rio, não dá para dispensar a consultoria de luxo de Bolívar e Fernandão, dois ex-capitães vencedores.
O entusiasmo de D’Alessandro ao aceitar o convite para a foto que ilustra esta matéria evidencia um fato. O fato de contar com três capitães campeões da América é um trunfo na Libertadores.
Fernandão ergueu o troféu pioneiro, em 2006. Estará na cabine com a direção hoje, sofrendo como diretor. Bolívar repetiu o gesto em 2010 e estará no banco. Vai puxar a reza, como fez em Manizales. D’Alessandro cumpre o ritual: ganhou há dois anos e agora vai de novo.
Em vídeo, confira os bastidores das entrevistas de Fernandão e Bolívar:
Fernandão ergueu o troféu pioneiro, em 2006. Estará na cabine com a direção hoje, sofrendo como diretor. Bolívar repetiu o gesto em 2010 e estará no banco. Vai puxar a reza, como fez em Manizales. D’Alessandro cumpre o ritual: ganhou há dois anos e agora vai de novo.
Em vídeo, confira os bastidores das entrevistas de Fernandão e Bolívar:
— O D’Ale tem um requisito fundamental para o capitão. É um vencedor. Não aceita perder. Isso faz uma diferença enorme. Por isso a garra dele aumenta mais ainda quando o time está numa situação complicada. A conduta dele é exemplar, e capitão é muito isso: exemplo — ensina Fernandão.
Em Libertadores, é preciso ser mais capitão. Fernandão e Bolívar têm certeza disso. Há mais atribuições do que se imagina. Uma, talvez a principal, por envolver questões subjetivas, é o trato com o árbitro. O apito muda. A falta não já é tão falta assim, o fator local exerce pressão medonha, há árbitros mais ou menos caseiros. Nos rincões sul-americanos, ouve-se os capitães como regra, muito mais do que no Brasil. Qualquer declaração fora do lugar vai para a parede do vestiário inimigo.
Os clubes brasileiros são encarados como os favoritos, os ricos, os privilegiados. É preciso fazer rodízio nas reclamações, se o juiz for muito bravo. Tem hora de todos irem pressionar juntos, ao comando do capitão.
— Temos um grupo experiente. Na hora de evitar alguém de cobrar demais, isso faz diferença. Vai ajudar ao D’Ale na hora de medir este tipo de questão. O nosso capitão tem o espírito da Libertadores — sorri Bolívar.
Bolívar: perfil
"Dois dias antes, eu buscava informação sobre o árbitro. Não adianta cobrar de um juiz que se irrita com algo. Tem que saber se o perfil é caseiro ou não. É bom distribuir um pouco a reclamação, para evitar amarelos. E tem as situações em que, ao sinal do capitão, vão todos para cima. É preciso controlar isso com feeling. Na Libertadores, todos têm a mordida do leão, sejam grandes ou pequenos."
Fernandão: elogio
"Tenho conversado com ele para não gesticular tanto com o juiz. Árbitro algum gosta disso: de longe, mesmo que o jogador esteja conversando, parece afronta, pode ser tido como deslealdade. E o D’Ale é argentino, fala com as mãos. Eu tinha uma tática, que funcionava: elogiar o árbitro quando entendia que ele tinha razão, mesmo contra nós. Dava credibilidade a uma cobrança que podia ser decisiva ali adiante no jogo."
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