terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Formação sobre reestruturação curricular reúne 843 gestores de escolas


Diretores, supervisores e coordenadores pedagógicos de mais de 270 escolas de Ensino Médio e Curso Normal da abrangência de cinco Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) - 1ª, 2ª, 12ª, 27ª e 28ª - estão reunidos nesta segunda-feira (13) no primeiro dia de formação sobre a reestruturação curricular promovida pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc). Ao longo da semana, outros três grupos de gestores participam da atividade, com expectativa de envolver mais de 3.200 profissionais. Estão em debate, em três turnos, os referenciais teóricos da proposta de reestruturação do currículo e temas 
relacionados à aplicação desses referenciais à prática escolar. No final do mês, tem início o processo de formação continuada dos 
professores estaduais que atuam em salas de aula do Ensino Médio. A reestruturação curricular é uma prioridade da gestão educacional da Seduc e começa neste ano letivo nas turmas de 1ºos anos do Ensino Médio, com a adoção do Ensino Médio Politécnico, Curso Normal e Ensino Médio Integrado à Educação Profissional (neste caso, a 
formação será específica, a ser promovida pela Superintendência da Educação Profissional da Seduc (Supero/Seduc). 

Matriz curricular 
A proposta de reestruturação está baseada na organização da matriz curricular por áreas do conhecimento, atendendo à legislação nacional vigente (Lei de Diretrizes e Bases da Educação e Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio), dividindo o currículo em duas partes: a formação geral, composta pelas áreas do conhecimento (matemática, linguagens, ciências da natureza e ciências humanas e suas tecnologias), e diversificada, que inclui o seminário integrado, ensino religioso e língua estrangeira, no caso do Politécnico, e mais duas disciplinas 
específicas, no caso do Normal. 

A matriz curricular proposta integra o Regimento Referência aprovado pelo Conselho Estadual de Educação, por meio do Parecer 156/2012, e aponta para uma carga horária semanal de 30 períodos, sendo 75% destinados à formação geral e 25% à diversificada. “A parte diversificada dará o sentido à base comum”, aposta Marisa Laureano, técnica da 28ª CRE que integra a equipe dos formadores. Ela destaca que o novo desenho do Ensino Médio busca a formação geral do estudante, aprofundamento da aprendizagem do Ensino Fundamental, reflexão sobre o mundo do trabalho e a cidadania, além da diminuição dos índices de reprovação e abandono, que chegam, em média, a 30% no Rio Grande do Sul.  A carga horária do 1º ano passa a ser de 1000 horas, nos mesmos 200 dias letivos. 

A formação na semana 

Todos os participantes da formação estarão divididos em três grupos, a cada dia. Cada grupo debate um módulo (dois se referem ao embasamento teórico da proposta, e um, está relacionado a estrutura curricular,  ao seminário integrado e à aplicação da teoria à vida escolar). Ao final do dia, todos terão passado pelos três módulos. O módulo I destina-se ao debate de parte de conceitos teóricos que embasam a proposta de reestruturação do Ensino Médio: Relação Parte-Totalidade, reconhecimento de saberes, teoria-prática e interdisciplinaridade e avaliação emancipatória. O módulo II trata dos demais conceitos teóricos: pesquisa, politecnia, 
trabalho como princípio educativo, educação omnilateral e concepção dialética do conhecimento. O tema do módulo III é a estrutura 
curricular e o trabalho pedagógico: pressupostos e dimensões organizacionais.

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