quarta-feira, 21 de março de 2012

A Aventura de Empreender: dos três sócios da empresa de desenvolvimento de softwares, restou apenas um


Guilherme Lima de Melo avalia que contratação de um representante comercial ajudaria a Dice Informática a decolar


Enviar para um amigo
 

A Aventura de Empreender: dos três sócios da empresa de desenvolvimento de softwares, restou apenas um Diego Vara/Agencia RBS
Guilherme diz que o problema de sua empresa é a falta de vocação comercial

Cinco anos depois de testemunhar o nascimento de cinco pequenos negócios, Zero Hora volta para conferir o destino dos personagens que embarcaram na ousada viagem que é abrir uma empresa no Brasil. O reencontro mostra que os protagonistas da série A Aventura de Empreender, publicada em fevereiro de 2008, tiveram trajetórias distintas, com histórias de sucessos e percalços. Confira:
No início eram três sócios, seis meses depois dois e, antes de chegar ao segundo ano, restava apenas Guilherme Lima de Melo na Dice Informática. Mesmo em voo solo desde 2009, o jovem que criou com os dois colegas da Faculdade de Ciência da Computação da PUCRS a ideia de uma desenvolvedora de softwares sob medida não perde o cacoete de usar o "nós" para se referir ao negócio.
Tire suas dúvidas sobre como montar uma empresa e veja como será o Guia do Empreendedor em diferentes plataformas
— Falo em terceira pessoa, em nome da empresa, mas a empresa sou eu — ri Guilherme.
Em cinco anos, fora a desistência dos sócios, pouca coisa mudou. Guilherme continua trabalhando em casa, dividia-se entre a empresa e a especialização em Gestão de Projetos na PUCRS, nem sempre conquistava novos clientes, e a Dice esteve longe de deslanchar.
O sistema de gestão imobiliária que criou com os sócios e depois refinou sozinho é o principal produto da empresa, mas o talento como desenvolvedor tropeçou na falta de vocação comercial.
— Essa questão foi um complicador desde o início. Não tínhamos nenhuma formação de vendas. Ainda tenho dificuldade em vender o produto. Sei que é bom, melhor do que muitos da concorrência — resigna-se Guilherme, hoje com 28 anos.
Saiba o que fazer para escolher um ponto para o seu negócio:

A solução, entende, até poderia ser a parceria com um representante comercial, o que o ajudaria a se manter centrado na parte de desenvolvimento e suporte. Especialistas também consideram a busca de sócio com tino comercial o mais viável.
— O certo seria convidar alguém com esta habilidade. Uma pessoa com perfil empreendedor que fizesse esta parte do negócio — diz Tales Andreassi, da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Parceria que se desfez
Das cinco empresas que Zero Hora acompanhou durante o primeiro ano de vida em 2007, apenas uma fechou de maneira formal. Localizado no bairro mais elegante da Capital, o Moinhos de Vento, o Boteco Fiel, das sócias Silvana Canarim e Andrea Kasrprzak, cerrou as portas ainda em 2008.
Como o imóvel era tombado pelo patrimônio histórico, a dupla não tinha autorização para fechar a área externa, aprazível durante o período mais quente do ano, mas impraticável no inverno. Com uma área menor para receber clientes e gerar receita no meses mais frios, preferiram desistir do projeto de consolidar uma espécie de bistrô mais despojado.
Apesar de o negócio não ter prosperado, Silvana e Andrea, mesmo separadas, ainda acalentam o sonho empreendedor. Publicitária, Andrea trabalha hoje como gestora de atendimento e novos negócios e admite ainda pensar em algo mais autoral no futuro, talvez na própria área onde atua, pela rede de relacionamentos e contatos que construiu.
— Eu tenho um pé no empreendedorismo e outro na segurança — conta Silvana, 45 anos, que mesmo na época do Boteco Fiel não deixou de ter emprego fixo em agência.
Chef de cozinha e gestora de toda a gastronomia do Z Café, na Capital, Andrea, 40 anos, tem certeza de que chegará a hora de voltar a se aventurar.
— Não sei quando, mas sei que terei um restaurante — suspira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário