sábado, 17 de março de 2012

Biólogo acompanha a situação do canil de Gravataí


Interventor nomeado pela Justiça começa os trabalhos no Canil Municipal de Gravataí. Já o veterinário reafirma que problema é estrutural


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Biólogo acompanha a situação do canil de Gravataí Carlos Macedo/Especial
Jackson vê muito trabalho pela frente

Começou, efetivamente, o trabalho do interventor Jackson Müller dentro do Canil Municipal de Gravataí. O biólogo foi nomeado pelo juiz da 1ª Vara Cível do município, Rodrigo de Souza Allem, para monitorar as ações de adequação no local.
Neste sábado, começa o processo de identificação dos animais com o apoio de ongs.
– Queremos tornar esse lugar uma referência e fazer a sociedade entender que aqui é uma casa de passagem para os cachorros. Nós trataremos e encaminharemos para a adoção – afirma o interventor, que já foi secretário do Meio Ambiente dos municípios de Novo Hamburgo e Estância Velha.
Quer incentivar a adoção
Em seu primeiro laudo ao juiz, Jackson pontuou a precariedade da estrutura física. Os 244 cães que hoje estão no local serão realocados para uma estrutura provisória, até que a construção de novas baias esteja pronta.
Os espaços emergenciais possibilitarão que os cachorros tenham um lugar mais amplo, cercado, de alvenaria, com iluminação adequada.
No entanto, o interventor reitera que não é só um trabalho dos sete funcionários do canil, e, sim, de toda a comunidade gravataiense que vê no canil um depósito de cães.
– Precisamos reeducar as pessoas e incentivar a adoção consciente. Tem gente que adota e, em seguida, o coloca na rua. Os materiais para as melhorias já começaram a chegar - conta Jackson, que pensa na possibilidade de microchipar (colocar um dispositivo que permita a localização) os animais que forem adotados para que haja um melhor controle.
Educação ambiental
O trabalho do interventor no canil será gerenciar em quatro pontos: o controle dos animais, a organização estrutural e operacional, a questão sanitária, supervisionada pelo veterinário Roberto Velho Costa, e a educação ambiental, em que a comunidade será orientada sobre o funcionamento do espaço (como ter o seu animal castrado gratuitamente e o procedimento para adoção).
A área específica para abrigar o canil tem meio hectare e, em três meses – o tempo de trabalho do interventor –, a ideia é usufruir de todo espaço da melhor maneira.
O projeto já está nas mãos da Secoplan (Secretaria Municipal de Coordenação e Planejamento).
Há dois anos e meio trabalhando no local, o veterinário se diz espantado com as denúncias de maus tratos e falta de comida.
– Gastamos 150 sacos de ração por mês e nunca faltou. Quem vem aqui percebe que o problema não é esse, é estrutural. Briga por liderança é normal entre cachorros – desabafa Roberto.
Confira como foi a visita do DG ao canil de Gravataí:

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