quarta-feira, 21 de março de 2012

Conhecido por formar presidentes, Colégio Militar de Porto Alegre completa cem anos de história


Aniversariante, escola formou alunos que ocuparam o mais alto cargo público do país


Enviar para um amigo
 

Conhecido por formar presidentes, Colégio Militar de Porto Alegre completa cem anos de história Tadeu Vilani/Agencia RBS
Estudantes do Colégio Militar de Porto Alegre aguardam por futuro promissor

Quem adentra nos imponentes recintos do Colégio Militar de Porto Alegre depara com letreiros postados no segundo andar do prédio: CMPA – Colégio dos Presidentes.

Nenhum exagero. A escola formou cinco presidentes da República e na quinta-feira completa cem anos de existência com uma tradição que poderia forjar outro slogan: é também a escola gaúcha que mais aprova candidatos no vestibular.

Dos seus formandos, 64,7% foram aprovados no vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 2012. Parte do segredo talvez esteja na qualidade dos docentes. Dos 111 professores, 60% têm mestrado ou doutorado.

O que poucos sabem é que a tradição de forjar presidentes – e bons alunos – vem desde o início. Mais precisamente, do berço. A primeira turma de 80 alunos, que ingressaram em 1912, já incluiu dois homens que viriam a ser presidentes do Brasil: Humberto de Alencar Castelo Branco e Arthur da Costa e Silva, ambos marechais do Exército.

Fazia também parte desses alunos pioneiros um terceiro militar, o também marechal Amaury Kruel, que se tornaria ministro da Guerra (comandante das Forças Armadas).

Na parede da secretaria do CMPA é possível ver um retrato desses pioneiros de 1912, com uniforme branco e boné azul de copa alta, similar aos usados no Exército naquela época. Entre eles, Castelo, Kruel e Costa e Silva. Posteriormente, estudaram lá outros militares que viriam a ser presidentes, como Emílio Médici, Ernesto Geisel e João Figueiredo.

Num século marcado por guerras, natural que vários presidentes tenham sido militares e estudado em instituições do gênero. O CMPA é o segundo colégio mais antigo do gênero, no Brasil. Perde em antiguidade, apenas, para o do Rio de Janeiro, fundado em 1889, com a República.

O século 20 terminou, os tempos são outros, e o Colégio Militar também mudou. Desde 1989, por exemplo, aceita meninas. Hoje, dos 1.100 alunos, 43% são do sexo feminino. O ingresso se dá no 6º ano do Ensino Fundamental ou no 1º ano do Ensino Médio. E a procura é tanta que surgiram até cursinhos para os interessados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário