Universitários que depredaram orelhões voltam às aulas em Passo Fundo
No madrugada de sábado, trio danificou dois orelhões no centro da cidade após sair de uma festa
Alvos de repúdio e críticas ferozes nas redes sociais, os três universitários que danificaram dois orelhões sábado no centro de Passo Fundo, no norte do Estado, voltaram às aulas nesta segunda-feira sob olhares curiosos dos colegas na Universidade de Passo Fundo (UPF). Não houve protestos, mas sobrou constrangimento. Ainda abalado com a repercussão nacional do ato de vandalismo, o trio se calou. No fim do dia, Daniel Canavese Moretto, João Pedro Chies Zampieri, e Pedro Henrique Castanho, todos com 19 anos, emitiram nota pedindo desculpas.
Estudantes do terceiro semestre do curso de Odontologia, os três chegaram cedo à faculdade, pois tinham provas e aulas finais do semestre durante a manhã e a tarde. Enquanto estavam na universidade, o advogado José Antônio Farias de Almeida encaminhou via e-mail à Oi, empresa responsável pelos orelhões, um pedido formal de desculpas e o compromisso de que o trio pagará pelos danos causados. Ao término das aulas, eles voltaram para casa, onde familiares de Veranópolis, Caxias do Sul e Palmeira das Missões os esperavam.
Nas redes sociais, porém, o assunto segue polêmico. O ato de vandalismo revoltou até professores da universidade. Um deles pediu que a instituição cogitasse expulsá-los. Em nota, a Reitoria da UPF repudiou e lamentou o episódio, mas observou que os estudantes, como maiores de idade, devem responder à Justiça e à sociedade pelo que fizeram. A atitude também repercutiu no Diretório Central de Estudantes (DCE).
— Estão rotulando todos os alunos, principalmente os de fora de Passo Fundo, como vândalos e mal-educados. O DCE repudia isso, pois não é verdade — destaca Rubens Marcon Astolfi, presidente do diretório.
No início da noite de segunda-feira, o Diretório Acadêmico do curso de Odontologia pretendia fazer uma reunião com a coordenação do curso para avaliar uma possível manifestação pública sobre o fato. Procurados por ZH, os jovens e familiares não quiseram comentar o assunto. De acordo com o advogado dos três, os pais não aprovaram a atitude dos filhos e estão muito preocupados com a repercussão nacional do caso.
— Ele estão abalados, envergonhados e arrependidos, pois nunca tiveram antecedentes criminais nem qualquer desvio de conduta — ressalta Almeida.
Ele admitiu que, antes de danificar os orelhões, o trio bebeu vodka em uma festa. A Polícia Civil solicitou, para análise, as imagens captadas pelas câmeras de monitoramento da Brigada Militar. Autuados em flagrante por dano ao patrimônio público, os estudantes podem ficar presos de seis meses a três anos. A pena, no entanto, pode ser revertida na prestação de serviços comunitários. O inquérito policial será remetido pela investigação ao Poder Judiciário em até uma semana.
Entenda o casoOs três estudantes de Odontologia danificaram dois orelhões no centro de Passo Fundo na madrugada do último sábado. Eles foram flagrados às 4h45min por policiais que monitoravam o movimento nas ruas por câmeras de vigilância. Enquanto dois rapazes batiam e tentavam arrancar os fios dos equipamentos, o outro gravava tudo pelo celular.
A polícia chegou a tempo de prender os três em flagrante por dano ao patrimônio público. O celular foi apreendido como prova. Em depoimento, eles disseram estar voltando de uma festa, onde consumiram bebidas alcoólicas. O vandalismo teria sido motivado pelo fato de orelhão estar sujo quando um deles foi usar o aparelho para contatar amigos.
Os jovens foram liberados ainda no sábado, após pagarem fiança de R$ 3 mil cada. O vídeo captado pela polícia registrando o vandalismo ganhou as redes sociais no mesmo dia e o comportamento do trio recebeu pesadas críticas. Por meio do advogado, eles pediram desculpas pelo que chamaram de ato falho.
Contraponto
O que dizem os estudantes, por meio do advogado José Antônio Farias de AlmeidaEm nota, os universitários manifestaram arrependimento pelo que consideraram um “vergonhoso exemplo dado à sociedade”. Pediram desculpas a pais, amigos, professores, universidade e àqueles que se ofenderam com a atitude deles. Declaram que nunca se envolveram em nenhum crime e admitiram a culpa pelo dano aos orelhões. Também se comprometem a ressarcir a empresa responsável pelos telefones públicos. No documento, eles elogiam a ação da polícia e ainda fazem uma recomendação, em especial aos jovens, para que evitem o consumo de bebidas alcoólicas, “pois no embalo da bebida tudo é fácil e bonito, embora praticado sem a condição mínima de distinguir o que é certo ou errado”.
Estudantes do terceiro semestre do curso de Odontologia, os três chegaram cedo à faculdade, pois tinham provas e aulas finais do semestre durante a manhã e a tarde. Enquanto estavam na universidade, o advogado José Antônio Farias de Almeida encaminhou via e-mail à Oi, empresa responsável pelos orelhões, um pedido formal de desculpas e o compromisso de que o trio pagará pelos danos causados. Ao término das aulas, eles voltaram para casa, onde familiares de Veranópolis, Caxias do Sul e Palmeira das Missões os esperavam.
Nas redes sociais, porém, o assunto segue polêmico. O ato de vandalismo revoltou até professores da universidade. Um deles pediu que a instituição cogitasse expulsá-los. Em nota, a Reitoria da UPF repudiou e lamentou o episódio, mas observou que os estudantes, como maiores de idade, devem responder à Justiça e à sociedade pelo que fizeram. A atitude também repercutiu no Diretório Central de Estudantes (DCE).
— Estão rotulando todos os alunos, principalmente os de fora de Passo Fundo, como vândalos e mal-educados. O DCE repudia isso, pois não é verdade — destaca Rubens Marcon Astolfi, presidente do diretório.
No início da noite de segunda-feira, o Diretório Acadêmico do curso de Odontologia pretendia fazer uma reunião com a coordenação do curso para avaliar uma possível manifestação pública sobre o fato. Procurados por ZH, os jovens e familiares não quiseram comentar o assunto. De acordo com o advogado dos três, os pais não aprovaram a atitude dos filhos e estão muito preocupados com a repercussão nacional do caso.
— Ele estão abalados, envergonhados e arrependidos, pois nunca tiveram antecedentes criminais nem qualquer desvio de conduta — ressalta Almeida.
Ele admitiu que, antes de danificar os orelhões, o trio bebeu vodka em uma festa. A Polícia Civil solicitou, para análise, as imagens captadas pelas câmeras de monitoramento da Brigada Militar. Autuados em flagrante por dano ao patrimônio público, os estudantes podem ficar presos de seis meses a três anos. A pena, no entanto, pode ser revertida na prestação de serviços comunitários. O inquérito policial será remetido pela investigação ao Poder Judiciário em até uma semana.
Entenda o casoOs três estudantes de Odontologia danificaram dois orelhões no centro de Passo Fundo na madrugada do último sábado. Eles foram flagrados às 4h45min por policiais que monitoravam o movimento nas ruas por câmeras de vigilância. Enquanto dois rapazes batiam e tentavam arrancar os fios dos equipamentos, o outro gravava tudo pelo celular.
A polícia chegou a tempo de prender os três em flagrante por dano ao patrimônio público. O celular foi apreendido como prova. Em depoimento, eles disseram estar voltando de uma festa, onde consumiram bebidas alcoólicas. O vandalismo teria sido motivado pelo fato de orelhão estar sujo quando um deles foi usar o aparelho para contatar amigos.
Os jovens foram liberados ainda no sábado, após pagarem fiança de R$ 3 mil cada. O vídeo captado pela polícia registrando o vandalismo ganhou as redes sociais no mesmo dia e o comportamento do trio recebeu pesadas críticas. Por meio do advogado, eles pediram desculpas pelo que chamaram de ato falho.
Contraponto
O que dizem os estudantes, por meio do advogado José Antônio Farias de AlmeidaEm nota, os universitários manifestaram arrependimento pelo que consideraram um “vergonhoso exemplo dado à sociedade”. Pediram desculpas a pais, amigos, professores, universidade e àqueles que se ofenderam com a atitude deles. Declaram que nunca se envolveram em nenhum crime e admitiram a culpa pelo dano aos orelhões. Também se comprometem a ressarcir a empresa responsável pelos telefones públicos. No documento, eles elogiam a ação da polícia e ainda fazem uma recomendação, em especial aos jovens, para que evitem o consumo de bebidas alcoólicas, “pois no embalo da bebida tudo é fácil e bonito, embora praticado sem a condição mínima de distinguir o que é certo ou errado”.
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