Fórum da Liberdade em Porto Alegre vai debater o Brasil dos próximos 25 anos
Evento vai se debruçar sobre as projeções para o país no ano de 2037
Nem a mente mais brilhante nem a bola de cristal mais reveladora poderiam prever, há 25 anos, o momento que o Brasil atravessa em 2012: moeda supervalorizada, mercado de trabalho beirando o pleno emprego, maioria da população nas faixas de renda intermediárias.
Ainda falta muito, porém, para que o país apenas roce níveis de desenvolvimento humano de nações mais avançadas. Nesse estágio, o mais importante é não perder o rumo da evolução, como apontam alguns dos convidados do 25º Fórum da Liberdade, que neste ano vai se debruçar sobre as projeções para 2037.
Um ano de pacote, moratória e frustração
Vinte e cinco anos separam momentos antagônicos na história brasileira. O otimismo vivido em 2012, em razão da estabilidade da economia e empregos de sobra, contrasta com um 1987 marcado pela decepção após o fracasso do Plano Cruzado.
— Os brasileiros vinham de um conjunto de frustrações desde a morte de Tancredo Neves (presidente escolhido no colégio eleitoral em 1985 que não tomou posse). Com o fracasso do Plano Cruzado e do congelamento de preços, o desânimo voltou a prevalecer — lembra Pedro Fonseca, professor de Economia Brasileira da UFRGS.
Em 20 de fevereiro de 1987, o então presidente José Sarney anunciou a suspensão dos pagamentos de juros da dívida externa. Era o capítulo nacional da crise que afetava toda a América Latina. Com o passar dos meses, a inflação voltou a crescer e, em maio, já ultrapassava a casa dos 20% ao mês. Em junho, o governo Sarney lançou seu terceiro pacote econômico, o Plano Bresser, com novo congelamento de preços e salários.
— Era mais uma tentativa de combater a inflação, mas que não engajou os brasileiros, que não acreditavam no plano — acrescenta o professor.
Naquele ano, a inflação acumulada atingiu 415,83%, quase cem vezes o previsto para todo o 2012.
Outro fórum debate a igualdade
Em contraponto ao Fórum da Liberdade, entidades de trabalhadores e de movimentos sociais realizam o 2º Fórum da Igualdade, na Capital. Com o tema Sem justiça social e ambiental não há futuro, o evento, organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), propõe a discussão de um modelo de desenvolvimento econômico sustentável.
Ao final, será elaborada uma carta com propostas para combater a desigualdade e colaborar com o desenvolvimento ambiental e social.
Programação
Segunda-feira
18h30min – Abertura
19h10min – Prêmio Libertas – Carlos Fernando Souto
19h20min – Prêmio Liberdade de Imprensa – Nelson Sirotsky
19h30min – 2037: que Brasil será o seu?, com Roger Agnelli, André Gerdau Johannpeter, Vicente Falconi, Guilherme Paulus e Carlos Fernando Souto (debatedor)
Terça-feira
9h30min – Empreendedores que fazem o futuro, com Marco Aurélio Raymundo (Morongo), Eduardo Marty e Guilherme Reischl (debatedor)
10h45min – Portas de acesso à prosperidade, com Tom Palmer, Paulo Rabello de Castro e Rodrigo Constantino (debatedor)
14h – Lições do mundo para o Brasil, com Álvaro Vargas Llosa, Alberto Mingardi e Hélio Beltrão Filho (debatedor)
15h30min – Corrupção e desafios da democracia brasileira, com Francisco Gil Castello Branco Neto, Ives Gandra Martins e Cláudio Lamachia (debatedor)
16h45min – Educação: obedecer, pensar ou criar?, com Cláudia Costin, Stephen Hicks e Tiago Mattos (debatedor)
18h30min – Drogas, violência e liberdade, com Efraim Filho, Marcelo Dornelles e Manoel Soa- res (debatedor)
Ainda falta muito, porém, para que o país apenas roce níveis de desenvolvimento humano de nações mais avançadas. Nesse estágio, o mais importante é não perder o rumo da evolução, como apontam alguns dos convidados do 25º Fórum da Liberdade, que neste ano vai se debruçar sobre as projeções para 2037.
Um ano de pacote, moratória e frustração
Vinte e cinco anos separam momentos antagônicos na história brasileira. O otimismo vivido em 2012, em razão da estabilidade da economia e empregos de sobra, contrasta com um 1987 marcado pela decepção após o fracasso do Plano Cruzado.
— Os brasileiros vinham de um conjunto de frustrações desde a morte de Tancredo Neves (presidente escolhido no colégio eleitoral em 1985 que não tomou posse). Com o fracasso do Plano Cruzado e do congelamento de preços, o desânimo voltou a prevalecer — lembra Pedro Fonseca, professor de Economia Brasileira da UFRGS.
Em 20 de fevereiro de 1987, o então presidente José Sarney anunciou a suspensão dos pagamentos de juros da dívida externa. Era o capítulo nacional da crise que afetava toda a América Latina. Com o passar dos meses, a inflação voltou a crescer e, em maio, já ultrapassava a casa dos 20% ao mês. Em junho, o governo Sarney lançou seu terceiro pacote econômico, o Plano Bresser, com novo congelamento de preços e salários.
— Era mais uma tentativa de combater a inflação, mas que não engajou os brasileiros, que não acreditavam no plano — acrescenta o professor.
Naquele ano, a inflação acumulada atingiu 415,83%, quase cem vezes o previsto para todo o 2012.
Outro fórum debate a igualdade
Em contraponto ao Fórum da Liberdade, entidades de trabalhadores e de movimentos sociais realizam o 2º Fórum da Igualdade, na Capital. Com o tema Sem justiça social e ambiental não há futuro, o evento, organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), propõe a discussão de um modelo de desenvolvimento econômico sustentável.
Ao final, será elaborada uma carta com propostas para combater a desigualdade e colaborar com o desenvolvimento ambiental e social.
Programação
Segunda-feira
18h30min – Abertura
19h10min – Prêmio Libertas – Carlos Fernando Souto
19h20min – Prêmio Liberdade de Imprensa – Nelson Sirotsky
19h30min – 2037: que Brasil será o seu?, com Roger Agnelli, André Gerdau Johannpeter, Vicente Falconi, Guilherme Paulus e Carlos Fernando Souto (debatedor)
Terça-feira
9h30min – Empreendedores que fazem o futuro, com Marco Aurélio Raymundo (Morongo), Eduardo Marty e Guilherme Reischl (debatedor)
10h45min – Portas de acesso à prosperidade, com Tom Palmer, Paulo Rabello de Castro e Rodrigo Constantino (debatedor)
14h – Lições do mundo para o Brasil, com Álvaro Vargas Llosa, Alberto Mingardi e Hélio Beltrão Filho (debatedor)
15h30min – Corrupção e desafios da democracia brasileira, com Francisco Gil Castello Branco Neto, Ives Gandra Martins e Cláudio Lamachia (debatedor)
16h45min – Educação: obedecer, pensar ou criar?, com Cláudia Costin, Stephen Hicks e Tiago Mattos (debatedor)
18h30min – Drogas, violência e liberdade, com Efraim Filho, Marcelo Dornelles e Manoel Soa- res (debatedor)
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