domingo, 12 de fevereiro de 2012

Assassinato de Kim Jong-un em Pequim é boato, garante espião inglês


Coreia
Ladeado por líderes do exército, o líder supremo daCoreia do Norte, Kim Jong-un é um alvo difícil para os inimigos do regime
A rede chinesa Sina Weibo foi o meio de comunicação mais eficiente na divulgação do suposto atentado ao líder norte-coreano perto da embaixada daCoreia do Norte em Pequim, na madrugada deste sábado, onde ele teria chegado para uma agenda secreta. Em mensagem no Twitter, o usuário identificado apenas como @ChristianJMayrelatou que um homem armado teria conseguido furar o rigoroso esquema de segurança e matar o líder norte-coreano com um tiro. Em seguida, teria sido morto por agentes da embaixada.
A partir daí, os usuários do Twitter passaram a acompanhar, ávidos, os rumores sobre o assassinato do substituto de Kim Jong-il. Curiosamente, o surgimento da informação coincidiu com uma outra mensagem na página demicroblogs, informa o jornal inglês Daily Mail. Um homem que trabalha perto da embaixada norte-coreana em Pequim, escreveu que havia muitos carros junto à embaixada e supôs que algo ocorrera na Coreia do Norte. Os observadores, entretanto, acreditam que a atividade elevada na embaixada seria ligada com preparações para celebração do 70º aniversário de nascimento do ex-premiê norte-coreano, enterrado com honras militares em dezembro do ano passado.
As autoridades norte-coreanas não se apressam em confirmar ou desmentir, oficialmente, a informação do assassinato de Kim Jong-un, principalmente porque o novo líder supremo das Forças Armadas daquele país comunista sequer esteve em Pequim, segundo observadores internacionais.
– Ele deve estar rindo muito disso tudo – disse um deles a jornalistas, em Seul.
O serviço secreto norte-americano também não encontrou qualquer prova da informação: não há nenhuma evidência de movimento de tropas norte-coreanas ou uma outra atividade que poderia ser causada pelo assassinato do líder, segundo funcionários do Departamento de Estado da Casa Branca.
Outra fonte, desta vez um dos analistas do serviço de segurança britânico (MI5), supõem que as informações não passem de boato, mas façam parte de “um plano diabólico” da Coreia do Norte, no melhor estilo dos filmes de007, o espião de Sua Majestade, para abalar a economia sul-coreana, combalida pela crise do capitalismo mundial e por graves questões políticas internas. Normalmente, os vizinho do sul são muito sensíveis a quaisquer distúrbios no território do norte. Nem jornalistas chineses, nem sul-coreanos ou japoneses que trabalham na China e observam atentamente os deslocamentos dos líderes norte-coreanos encontraram qualquer sinal da chegada de Kim Jong-un a Pequim, onde ele teria sido morto a tiros.
No entanto, um oficial norte-americano, que prefere ficar no anonimato, aludiu em uma entrevista ao canal de TV CNN que os rumores do assassinato de Kim Jong-un não pareciam tão incríveis.
– Com uma sociedade tão fechada como a da Coreia do Norte, nunca podemos estar completamente certos. Na verdade, não podemos sequer excluir completamente que alguém queira eliminar Kim Jong-un – afirmou.

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