"Deixei tudo e fiquei só com a roupa do corpo", conta pesquisadora gaúcha sobre incêndio na Antártica
Bióloga estava na base para concluir uma pesquisa sobre as aves que habitam o continente
Erli Costa, 33 anos, seguiu viagem no avião da FAB para o Rio de Janeiro, onde mora há sete anos
A pesquisadora Erli Costa, 33 anos, foi a única gaúcha a seguir viagem na aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) até o Rio de Janeiro, cidade onde mora com o marido. Bióloga graduada pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), ela cursa doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e estava na Estação Antártica Comandante Ferraz para concluir um trabalho de pesquisa com as aves que habitam o continente.
Na parada em Pelotas, no sul do Estado, ela contou à ZH que foi em uma conversa de corredor que ficou sabendo que a estação estava em chamas. Pronta para dormir, Erli já havia se recolhido em um dos camarotes e não acreditou no que ouviu. Levantou, foi ao banheiro e só então percebeu que realmente havia fogo na base.
— Eu corri para fora junto com os outros. Deixei tudo, fiquei só com a roupa do corpo — diz.
Ao deixar a base, ela acompanhou o primeiro sargento Roberto Lopes dos Santos — que acabou morrendo no incêndio — nos pedidos de ajuda a um navio argentino.
— Ele colocou a máscara, o equipamento e disse que estava indo combater as chamas. A última imagem que eu tenho é a dele indo em direção ao fogo, foi e não voltou mais — lembra, com lágrimas nos olhos.
Erli é natural de Erval Grande, no norte do Estado, e mora no Rio de Janeiro há sete anos. Essa era a nona viagem que fazia para a Antártica.
O avião Hércules C-130 decolou às 22h30min do Aeroporto Internacional de Pelotas e deverá aterrissar na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, por volta da 1h desta segunda-feira.
Na parada em Pelotas, no sul do Estado, ela contou à ZH que foi em uma conversa de corredor que ficou sabendo que a estação estava em chamas. Pronta para dormir, Erli já havia se recolhido em um dos camarotes e não acreditou no que ouviu. Levantou, foi ao banheiro e só então percebeu que realmente havia fogo na base.
— Eu corri para fora junto com os outros. Deixei tudo, fiquei só com a roupa do corpo — diz.
Ao deixar a base, ela acompanhou o primeiro sargento Roberto Lopes dos Santos — que acabou morrendo no incêndio — nos pedidos de ajuda a um navio argentino.
— Ele colocou a máscara, o equipamento e disse que estava indo combater as chamas. A última imagem que eu tenho é a dele indo em direção ao fogo, foi e não voltou mais — lembra, com lágrimas nos olhos.
Erli é natural de Erval Grande, no norte do Estado, e mora no Rio de Janeiro há sete anos. Essa era a nona viagem que fazia para a Antártica.
O avião Hércules C-130 decolou às 22h30min do Aeroporto Internacional de Pelotas e deverá aterrissar na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, por volta da 1h desta segunda-feira.
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