segunda-feira, 12 de março de 2012

Construção da nova sede da Ospa deve levar dois anos


Presidente da orquestra já planeja concerto inaugural da sala sinfônica


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Construção da nova sede da Ospa deve levar dois anos Adriana Franciosi/Agencia RBS
Nesralla (D) e autoridades políticas participaram do concerto da Ospa

Na noite de domingo, ainda sob a forte emoção com que apresentou o primeiro concerto da temporada 2012 da Ospa, Ivo Nesralla, presidente da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, detalhou a Zero Hora planos para o futuro. A apresentação da Ospa foi marcada pela cerimônia simbólica de início de obras na área do Parque Maurício Sirotsky Sobrinho onde será erguida a moderna sala sinfônica própria da orquestra.
- As obras começam para valer nesta segunda-feira e em quatro meses estará concluída a etapa das fundações. Depois, começa a construção do prédio. Em dois anos, deve estar tudo pronto para o primeiro concerto - diz Nesralla.
Com orçamento de R$ 35 milhões, a obra já tem assegurados R$ 20 milhões do governo federal, via Ministério da Cultura, e outros R$ 10 milhões do governo do Estado. O restante, segundo Nesralla, será captado junto à iniciativa privada. Nesralla participou do gesto simbólico que antecedeu o concerto de ontem: o apertar do botão de uma máquina perfuratriz no canteiro de obras, na companhia do governador do Estado, Tarso Genro, do prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, do secretário estadual da Cultura, Luiz Antonio de Assis Brasil, e do deputado federal Paulo Pimenta (PT), presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso, representantes das forças políticas que, enfatizou o presidente da Ospa, viabilizaram a realização do projeto:
- A prefeitura cedeu a área onde será erguida a sala sinfônica, e o governo estadual mobilizou a bancada gaúcha no Congresso Nacional para a liberação dos R$ 20 milhões.
A construção da sede própria da Ospa é uma novela que se desenrola há décadas. Fundada em 1950, a orquestra passou a ter uma sede permanente em 1984, quando foi alugado o antigo Teatro Leopoldina, na Avenida Independência. Com o pedido de retomado de imóvel pelos proprietários, surgiu, em 2003, o projeto de erguer a sede própria no Shopping Total. Mas devido a entraves jurídicos e à reação de moradores e ambientalistas, o local foi descartado. Em 2006, a Ospa negociou com a prefeitura esta área ao lado da Câmara Municipal, no parque Maurício Sirotsky Sobrinho. Porém, em fevereiro de 2007, ambientalistas e alguns moradores do Centro se manifestam contra o novo projeto.
Agora, com todos os entraves resolvidos, Nesralla toca a obra já pensando no concerto de abertura:
- Gostaria de repetir o programa inaugural que o maestro Eleazar de Carvalho regeu em 1984, quando a Ospa se mudou para o Teatro Leopoldina. Um repertório com obras de Beethoven, incluindo a Nona Sinfonia.
Nesralla revela que tem ainda um plano mais ambicioso, que aumenta o custo do projeto em cerca de US$ 1,5 milhão:
- Gostaria de inaugurar a sala sinfônica já equipada com um órgão similiar ao das grandes catedrais, para a Ospa poder acompanhar a execução da Tocata e Fuga, de Bach. É um instrumento muito grande, imponente, de fabricação artesanal e, por isso, muito caro.

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