Novos sabores para conquistar o brasileiro
Vinícolas gaúchas apostam na diversificação de castas e exploram o melhor de cada região
Variedade dos vinhos aumentou nas gôndolas
A aproximação do inverno é comemorada pelas vinícolas brasileiras como o grande momento para o vinho sair dos estoques e ganhar a mesa dos consumidores. Aproveitando o período, atentos a apreciadores da bebida e futuros simpatizantes, os produtores gaúchos apostam na diversificação da produção explorando o que se gera de melhor em cada região vinífera do Estado.
- A tendência de novas castas não é uma demanda dos consumidores, mas o resultado dos produtores curiosos - entende o enólogo da Miolo Miguel Ângelo Vicente Almeida.
Pela curiosidade dos entendedores da bebida, a variedade dos vinhos, principalmente os tintos, aumentou nas gôndolas. Para aumentar a participação do vinho nacional entre os 100 milhões de litros que devem ser consumidos neste ano no Brasil, as vinícolas gaúchas vão além dos tradicionais tintos cabernet sauvignon e merlot. Castas portuguesas como o touriga nacional, o tempranillo e a jovial gamay também devem conquistar o paladar do público daqui.
- As pessoas estão bebendo menos, optando por bebidas com menos álcool, e os vinhos também estão com menor grau alcoólico e um pouco de acidez. Esses são os vinhos da nova tendência - explica o diretor técnico da Salton, Lucindo Copat.
Qualidade para concorrer com importados
O foco em produtos novos, de diferentes castas e com mais qualidade é uma das armas das vinícolas gaúchas para ampliar a participação dos produtos nacionais entre os consumidos no país.
De acordo com o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), as importações continuam crescendo no país em ritmo acelerado. No primeiro quadrimestre deste ano, a entrada das bebidas do Exterior subiu 30,6%.
- O aumento é justificado, em parte, pela possibilidade de diminuição da entrada desses produtos daqui para frente, então o mercado está se abastecendo - diz o diretor executivo do instituto, Carlos Paviani.
Uma definição sobre cotas para a entrada de vinhos importados no Brasil como forma de forçar o consumo de produtos nacionais deve ser anunciada a partir de setembro. Até abril, 17,7 milhões de litros de vinhos finos foram importados, contra uma comercialização de 3,6 milhões de litros nacionais.
No próximo dia 8, uma reunião na Bolívia entre representantes daquele país e Brasil, Argentina e Uruguai deve traçar um plano estratégico de produção e comercialização dos vinhos no Mercosul para desenvolver o setor no continente.
Gamay, o vinho sem compromisso
Originária da França, a uva gamay tem sido cultivada nos últimos anos na região da Serra. Sem processos de envelhecimento, o vinho originado da uva é aberto no mesmo ano da sua safra. Portanto, é jovial, entendido como uma bebida descompromissada. É ideal para iniciantes pelo aroma frutado, lembrando a framboesa.
> Média de R$ 18 a garrafa
Mais corpo com castas europeias
Quem já aprecia as qualidades dos vinhos nacionais, os tintos apontados como tendência vão além do cabernet sauvignon e do merlot, chegando a castas europeias ainda pouco degustadas no Brasil. Produzidos na Campanha e na Serra do Sudeste, vinhos provenientes da touriga nacional, tempranillo e teroldego são mais estruturados, marcados por componentes de flores e ervas aromáticas. Envelhecidos por, no mínimo, um ano em barricas de carvalho, combinam com pratos mais sofisticados.
> Média de R$ 40 a R$ 50
Vinho branco em dias frios
Entre os vinhos brancos também há novas opções de nacionais. Tido como uma das mais nobres castas portuguesas, o alvarinho produz vinhos de alta qualidade. Cultivado na Campanha, com passagem por estágios em barricas, gera uma bebida com aroma de flores e frutas, como o pêssego. É ideal também para ser degustado em dias frios, acompanhando peixes.
> Média de R$ 40 a R$ 50
- A tendência de novas castas não é uma demanda dos consumidores, mas o resultado dos produtores curiosos - entende o enólogo da Miolo Miguel Ângelo Vicente Almeida.
Pela curiosidade dos entendedores da bebida, a variedade dos vinhos, principalmente os tintos, aumentou nas gôndolas. Para aumentar a participação do vinho nacional entre os 100 milhões de litros que devem ser consumidos neste ano no Brasil, as vinícolas gaúchas vão além dos tradicionais tintos cabernet sauvignon e merlot. Castas portuguesas como o touriga nacional, o tempranillo e a jovial gamay também devem conquistar o paladar do público daqui.
- As pessoas estão bebendo menos, optando por bebidas com menos álcool, e os vinhos também estão com menor grau alcoólico e um pouco de acidez. Esses são os vinhos da nova tendência - explica o diretor técnico da Salton, Lucindo Copat.
Qualidade para concorrer com importados
O foco em produtos novos, de diferentes castas e com mais qualidade é uma das armas das vinícolas gaúchas para ampliar a participação dos produtos nacionais entre os consumidos no país.
De acordo com o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), as importações continuam crescendo no país em ritmo acelerado. No primeiro quadrimestre deste ano, a entrada das bebidas do Exterior subiu 30,6%.
- O aumento é justificado, em parte, pela possibilidade de diminuição da entrada desses produtos daqui para frente, então o mercado está se abastecendo - diz o diretor executivo do instituto, Carlos Paviani.
Uma definição sobre cotas para a entrada de vinhos importados no Brasil como forma de forçar o consumo de produtos nacionais deve ser anunciada a partir de setembro. Até abril, 17,7 milhões de litros de vinhos finos foram importados, contra uma comercialização de 3,6 milhões de litros nacionais.
No próximo dia 8, uma reunião na Bolívia entre representantes daquele país e Brasil, Argentina e Uruguai deve traçar um plano estratégico de produção e comercialização dos vinhos no Mercosul para desenvolver o setor no continente.
Gamay, o vinho sem compromisso
Originária da França, a uva gamay tem sido cultivada nos últimos anos na região da Serra. Sem processos de envelhecimento, o vinho originado da uva é aberto no mesmo ano da sua safra. Portanto, é jovial, entendido como uma bebida descompromissada. É ideal para iniciantes pelo aroma frutado, lembrando a framboesa.
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Mais corpo com castas europeias
Quem já aprecia as qualidades dos vinhos nacionais, os tintos apontados como tendência vão além do cabernet sauvignon e do merlot, chegando a castas europeias ainda pouco degustadas no Brasil. Produzidos na Campanha e na Serra do Sudeste, vinhos provenientes da touriga nacional, tempranillo e teroldego são mais estruturados, marcados por componentes de flores e ervas aromáticas. Envelhecidos por, no mínimo, um ano em barricas de carvalho, combinam com pratos mais sofisticados.
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Vinho branco em dias frios
Entre os vinhos brancos também há novas opções de nacionais. Tido como uma das mais nobres castas portuguesas, o alvarinho produz vinhos de alta qualidade. Cultivado na Campanha, com passagem por estágios em barricas, gera uma bebida com aroma de flores e frutas, como o pêssego. É ideal também para ser degustado em dias frios, acompanhando peixes.
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