Motociclistas ignoram curso de especialização para transporte de mercadorias
Documento será obrigatório, conforme resolução do Contran, a partir do próximo sábado
Menos de 1% dos 350 mil motociclistas gaúchos envolvidos com o transporte de mercadorias e de pessoas fez o curso de especialização que será obrigatório a partir do próximo sábado. A exigência consta da Resolução 350 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), de junho de 2010. O objetivo é aumentar a segurança dos motociclistas, hoje no topo das estatísticas de acidentes de trânsito.
Com a nova legislação, o motoboy que for flagrado dirigindo sem o curso pagará multa de R$ 127,69, além de ser penalizado com nove pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Perguntado por Zero Hora por que a categoria não aproveitou os dois anos de preparação à lei para se regularizar, o presidente do Sindicato dos Motociclistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindimoto), Valter Ferreira da Silva, 59 anos, respondeu:
— Um dos motivos foi o preço de R$ 170, uma quantia pesada para quem ganha tão pouco como nós.
O valor do curso foi a principal reivindicação de uma extensa pauta do Sindimoto durante reunião com autoridades municipais, na manhã de sexta-feira. A conversa ocorreu no prédio da prefeitura com o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari.
— Ficamos acertados que a prefeitura irá financiar o curso para mil motoboys. E que, até uma data ainda não definida, os fiscais de trânsito aceitarão como justificativa, para quem não se regularizou, o protocolo de matrícula no curso — anunciou Cappellari.
A aceitação desse protocolo tem a ver com a carência de vagas para o curso, que pode ser feito em 25 Centros de Formação de Condutores (CFC) e nas 12 unidades do Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat).
Conforme o Detran, até agora cerca de 3 mil motociclistas realizaram as aulas no Estado. A coordenadora de desenvolvimento profissional do Senat em Porto Alegre, Karina Salamoni, disse que serão abertas 40 novas turmas para atender à procura. Pelo menos 150 mil motoboys trabalham na Região Metropolitana, sendo 18 mil em Porto Alegre.
Há unanimidade entre as autoridades de trânsito sobre a necessidade de qualificar o motociclista, em especial os que transportam pessoas e cargas, lembrou o diretor técnico do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RS), Ildo Mario Szinveski.
— A exigência desse curso é uma de nossas respostas para organizar, disciplinar e orientar o intenso trânsito de motociclistas pelas nossas cidades — disse Szinvelski.
Motivos não faltam para a preocupação com a segurança do motociclista. Em 2009, no Estado, eles se envolveram em 404 acidentes com morte, o que representa 4,8 casos a cada 10 mil motocicletas. Nos primeiros cinco meses de 2012, aconteceram 844 mortes no trânsito, sendo que 246 dessas vítimas eram tripulantes de motos.
Com a nova legislação, o motoboy que for flagrado dirigindo sem o curso pagará multa de R$ 127,69, além de ser penalizado com nove pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Perguntado por Zero Hora por que a categoria não aproveitou os dois anos de preparação à lei para se regularizar, o presidente do Sindicato dos Motociclistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindimoto), Valter Ferreira da Silva, 59 anos, respondeu:
— Um dos motivos foi o preço de R$ 170, uma quantia pesada para quem ganha tão pouco como nós.
O valor do curso foi a principal reivindicação de uma extensa pauta do Sindimoto durante reunião com autoridades municipais, na manhã de sexta-feira. A conversa ocorreu no prédio da prefeitura com o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari.
— Ficamos acertados que a prefeitura irá financiar o curso para mil motoboys. E que, até uma data ainda não definida, os fiscais de trânsito aceitarão como justificativa, para quem não se regularizou, o protocolo de matrícula no curso — anunciou Cappellari.
A aceitação desse protocolo tem a ver com a carência de vagas para o curso, que pode ser feito em 25 Centros de Formação de Condutores (CFC) e nas 12 unidades do Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat).
Conforme o Detran, até agora cerca de 3 mil motociclistas realizaram as aulas no Estado. A coordenadora de desenvolvimento profissional do Senat em Porto Alegre, Karina Salamoni, disse que serão abertas 40 novas turmas para atender à procura. Pelo menos 150 mil motoboys trabalham na Região Metropolitana, sendo 18 mil em Porto Alegre.
Há unanimidade entre as autoridades de trânsito sobre a necessidade de qualificar o motociclista, em especial os que transportam pessoas e cargas, lembrou o diretor técnico do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RS), Ildo Mario Szinveski.
— A exigência desse curso é uma de nossas respostas para organizar, disciplinar e orientar o intenso trânsito de motociclistas pelas nossas cidades — disse Szinvelski.
Motivos não faltam para a preocupação com a segurança do motociclista. Em 2009, no Estado, eles se envolveram em 404 acidentes com morte, o que representa 4,8 casos a cada 10 mil motocicletas. Nos primeiros cinco meses de 2012, aconteceram 844 mortes no trânsito, sendo que 246 dessas vítimas eram tripulantes de motos.
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