Morre cantor Wando em decorrência de problemas no coração
Ele estava internado desde o final de janeiro em decorrência de complicações cardíacas
Morreu na manhã desta quarta-feira, por volta das 8h, o cantor Wando, aos 66 anos. Ele estava internado desde o dia 27 de janeiro no hospital Biocor Instituto, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Um dos maiores nomes da música romântica no país — com mais de 10 milhões de discos vendidos em 40 anos de carreira —, Wando não resistiu a uma série de complicações e sofreu uma parada cardíaca.
Famoso pelas composições românticas — chamadas de "música brega", rótulo que ele renegava —, como "Moça" e "Fogo e Paixão", o cantor chegou ao hospital com angina (dores no peito causadas por falta de sangue no coração). Ele foi submetido a um cateterismo, mas com a piora do quadro precisou passar por uma angioplastia coronária em caráter de urgência, para desobstrução de múltiplas artérias. Ficou sedado e respirando com ajuda de aparelhos.
No último domingo, apresentava melhora, se comunicava por gestos e chegou a divulgar um bilhete aos fãs, pelo Fantástico, da TV Globo, em que dizia "Eu estou na oficina de Deus arrumando a turbina. Me aguardem!".
Vida dedicada ao romantismo
Nascido em 12 de outubro de 1945, na cidade mineira de Cajuri, Vanderley Alves dos Reis, o Wando, passou boa parte da infância em Juiz de Fora (MG). Começou a carreira musical na década de 1960, tocando em conjuntos de baile em Minas Gerais. Mudou-se para Volta Redonda, no Rio de Janeiro, onde alternou atividades como caminhoneiro e feirante com a paixão pela música. No início dos anos 1970, passou a gravar as próprias composições.
Em 1973, Wando foi para São Paulo e teve seu samba O Importante É Ser Fevereiro, gravado por Jair Rodrigues. Na época, o repertório do artista era eclético — ele próprio reconheceu, em entrevista ao jornal A Notícia, em 2007, ter sido influenciado por Caetano Veloso e Chico Buarque.
— Mas comecei a trabalhar na noite de São Paulo e percebia que toda vez que eu cantava música romântica, as mulheres ficavam maravilhadas.
A intuição mostrou-se certeira nos anos seguintes. Em 1974, Roberto Carlos gravou uma composição sua (A Menina e o Poeta) e, em 1975, o compacto Wando, impulsionado pelo hit romântico Moça, foi incluído na trilha da novela Pecado Capital e vendeu 1,2 milhão de cópias.
"Fogo e Paixão" é hino absoluto
Wando manteve uma carreira prolífica, com 28 discos gravados que somam mais de 10 milhões de cópias vendidas. São 19 discos de ouro, sete de platina e dois de diamante.
O artista atravessou as décadas de 1980 e 90 disputado por grandes gravadoras, como a Polygram (hoje Universal) e a Som Livre. Mas foi pela Arca Som que gravou seu maior sucesso, Fogo e Paixão, em 1985. A música foi regravada por inúmeros artistas — mais recentemente por Nando Reis em Bailão do Ruivão (2010).
Em 1990, o disco Tenda dos Prazeres inaugurou um dos rituais que endossa a fama de "cantor mais erótico do Brasil": a de receber e distribuir calcinhas femininas nos shows. Reforçado pelo romantismo exacerbado e pelo teor sensual de suas canções, a chuva de calcinhas no palco tornou-se uma marca. Em entrevistas recentes, Wando sustentou ter uma coleção de mais de 15 mil calcinhas.
— Os homens também jogam cuecas. Mas eu não pego. Digo a eles que estão no show errado — brincou em entrevista ao Diário Catarinense, em 2007.
Famoso pelas composições românticas — chamadas de "música brega", rótulo que ele renegava —, como "Moça" e "Fogo e Paixão", o cantor chegou ao hospital com angina (dores no peito causadas por falta de sangue no coração). Ele foi submetido a um cateterismo, mas com a piora do quadro precisou passar por uma angioplastia coronária em caráter de urgência, para desobstrução de múltiplas artérias. Ficou sedado e respirando com ajuda de aparelhos.
No último domingo, apresentava melhora, se comunicava por gestos e chegou a divulgar um bilhete aos fãs, pelo Fantástico, da TV Globo, em que dizia "Eu estou na oficina de Deus arrumando a turbina. Me aguardem!".
Vida dedicada ao romantismo
Nascido em 12 de outubro de 1945, na cidade mineira de Cajuri, Vanderley Alves dos Reis, o Wando, passou boa parte da infância em Juiz de Fora (MG). Começou a carreira musical na década de 1960, tocando em conjuntos de baile em Minas Gerais. Mudou-se para Volta Redonda, no Rio de Janeiro, onde alternou atividades como caminhoneiro e feirante com a paixão pela música. No início dos anos 1970, passou a gravar as próprias composições.
Em 1973, Wando foi para São Paulo e teve seu samba O Importante É Ser Fevereiro, gravado por Jair Rodrigues. Na época, o repertório do artista era eclético — ele próprio reconheceu, em entrevista ao jornal A Notícia, em 2007, ter sido influenciado por Caetano Veloso e Chico Buarque.
— Mas comecei a trabalhar na noite de São Paulo e percebia que toda vez que eu cantava música romântica, as mulheres ficavam maravilhadas.
A intuição mostrou-se certeira nos anos seguintes. Em 1974, Roberto Carlos gravou uma composição sua (A Menina e o Poeta) e, em 1975, o compacto Wando, impulsionado pelo hit romântico Moça, foi incluído na trilha da novela Pecado Capital e vendeu 1,2 milhão de cópias.
"Fogo e Paixão" é hino absoluto
Wando manteve uma carreira prolífica, com 28 discos gravados que somam mais de 10 milhões de cópias vendidas. São 19 discos de ouro, sete de platina e dois de diamante.
O artista atravessou as décadas de 1980 e 90 disputado por grandes gravadoras, como a Polygram (hoje Universal) e a Som Livre. Mas foi pela Arca Som que gravou seu maior sucesso, Fogo e Paixão, em 1985. A música foi regravada por inúmeros artistas — mais recentemente por Nando Reis em Bailão do Ruivão (2010).
Em 1990, o disco Tenda dos Prazeres inaugurou um dos rituais que endossa a fama de "cantor mais erótico do Brasil": a de receber e distribuir calcinhas femininas nos shows. Reforçado pelo romantismo exacerbado e pelo teor sensual de suas canções, a chuva de calcinhas no palco tornou-se uma marca. Em entrevistas recentes, Wando sustentou ter uma coleção de mais de 15 mil calcinhas.
— Os homens também jogam cuecas. Mas eu não pego. Digo a eles que estão no show errado — brincou em entrevista ao Diário Catarinense, em 2007.
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