Polícia indicia duas pessoas após
queda de atores no musical 'Xanadu'
Polícia diz que laudo comprovou falha em instalações de equipamento.
Danielle Winits sofreu corte na boca e Thiago Fragoso quebrou 5 costelas.
Os dois atores despencaram de uma altura de cerca de 4 metros. O cabo de segurança usado pela dupla durante um voo se rompeu e eles caíram em cima da plateia. O acidente ocorreu durante a apresentação do espetáculo, na noite de 28 de janeiro.
Danielle Winits sofreu um corte na boca e Thiago Fragoso quebrou cinco costelas e ficou internado no CTI do Hospital São José, na Zona Sul do Rio. Três pessoas da plateia também foram atingidas, sendo que uma das espectadoras teve uma vértebra fraturada.
Thiago Fragoso e Daniele Winits em cena do
musical
Lesão corporal culposamusical
A polícia informou que o dono da empresa e a funcionária vão responder pelo crime de lesão corporal culposa, ou seja, quando não há intenção de praticar o ato. A instituição explicou que o laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli indicou que houve uma falha no equipamento por causa de uma instalação malfeita.
A polícia informou ainda que pretende encaminhar o inquérito para o Ministério Público ainda nesta semana.
Cabos aguentavam 2 toneladas, diz empresário
Em entrevista ao G1, publicada em 30 de janeiro, o sócio majoritário da empresa Set Cavalheiro FX, Heitor Cavalheiro, uma das pessoas indiciadas pela polícia, alegou que os cabos usados no espetáculo aguentavam 2 toneladas.
“Eu ainda não sei, não tenho a menor ideia do que pode ter acontecido. O sistema inteiro foi desenvolvido para uma carga muito superior a que foi utilizada.(...) Os quatro cabos que se romperam representavam duas toneladas de resistência. Impossível pensar que com 150 quilos, em um sistema suave, sem um tranco, um balanço, nada que gerasse sobrecarga, que ele fosse se romper ”, falou Cavalheiro, na ocasião.
Logo após o acidente, o Conselho de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ) constatou que a empresa Set Cavalheiro FX não era cadastrada na entidade e não tinha engenheiro responsável. Na época da queda, o vice-presidente do Crea-RJ, Jaques Sherique, fez uma vistoria no Teatro Oi Casagrande, onde a peça estava em cartaz.
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