D'Alessandro pode erguer sua primeira taça como capitão do Inter neste domingo
Dorival Júnior faz mistério em torno do camisa 10, que pode até entrar apenas no segundo tempo
D'Ale: "Não sei se vou jogar, o técnico tem que
decidir"
Tarde de quinta-feira no Beira-Rio. Reservas do Inter e um misto de jogadores
do sub-23 e reservas dos juniores se preparam para o treino coletivo da semana.
A cinco horas da decisão contra o Fluminense, no Engenhão, o Beira-Rio está
silencioso. Nem as máquinas dos operários que trabalham na transformação do
estádio dizem presente. Mesmo com esse cenário que beira a monotonia, cerca de
50 colorados se grudam à tela. Estão lá para ver D'Alessandro. E o veem em alto
estilo, dois gols, passe para outro e um treino de luxo. O que o garante, pelo
menos, no banco de reservas na final deste domingo, quando pode erguer sua
primeira taça como capitão do Inter.
O treino foi o primeiro desde a lesão na coxa esquerda sofrida dia 22, contra o Veranópolis. Havia alguma apreensão no Beira-Rio. A temporada do argentino está pontuada por problemas musculares. Foram duas quase em sequência, ao custo de 53 dias e 14 jogos de fora do time principal — de um total de 25 em 2012. D'Ale perdeu o Gre-Nal decisivo da Taça Farroupilha, a partida contra o Santos, no Beira-Rio, e os confrontos com o Fluminense, nas oitavas da Libertadores. Em resumo, os principais jogos do Inter em 2012.
As dificuldades se apresentam justo numa temporada em que o casamento do argentino com a torcida se tornou intenso, com juras de amor eterno. Porque D'Ale iniciou o ano assediado por proposta milionária dos chineses. Pensou em ir, embalado por oferta de quase R$ 1 milhão mensais. A torcida reagiu, suplicou e fez até batucada em frente à sua casa para que ficasse. Ele ficou, mas ainda não conseguiu engatar uma sequência de jogos. O que o aflige e talvez até coopere para a série de lesões.
O Inter toma todos os cuidados com seu camisa 10. O treino de quinta-feira foi assistido de perto pelo médico Luiz Crescente. A caminho do campo, ele breca sua caminhada e avisa, com uma ponta de ansiedade:
— É o teste final do D'Alessandro, se treinar bem e nada sentir, está liberado para a final de domingo.
O argentino treina mais do que bem. Se movimenta, pede a bola, está interessado, joga o coletivo contra juniores como se fosse a sua Libertadores particular. E não deixa de ser. Faz dobradinha com o meia Fred, promessa de novo Tinga lapidada no Beira-Rio. Os dois se afinam, jogam de primeira. O que se ouve no gramado suplementar é apenas a voz rouca e desafinada pedindo a bola:
— Frêdi, Frêdi!
O "Frêdi" atende. O jogo entre eles flui. Surge de tabela entre eles o passe para Gilberto, que sofre pênalti. D'Ale bate e faz. Em seguida, Fred aciona Lima, que vai à linha de fundo e, rezando a cartilha dos bons laterais, olha e cruza para trás. O argentino, a um passo da pequena área, coloca de esquerda. Vem o intervalo, Crescente se aproxima, quer saber como se sente seu paciente mais ilustre naquela tarde. A resposta é positiva.
O ritmo do treino cai no segundo tempo. D'Ale sente a longa parada, também reduz a marcha. Dá o passe para o terceiro gol. Uma hora depois, o coletivo é finalizado. O argentino sai de campo satisfeito. Está nítida sua felicidade. Pergunto sobre a presença na final. Diplomático, ele evita se escalar.
— Não sei se vou jogar, o técnico tem que decidir.
— Como você se sentiu?
— Bem, cara, me senti bem — diz, antes de entrar no vestiário.
Nos bastidores do Inter, há convicção de que ele estará em campo nesta final. Dorival Júnior ainda decidirá se desde o começo ou no segundo tempo. Por D'Ale, ele estaria em campo já, agora. A final com chance de levantar taça pode ser o recomeço ideal.
O treino foi o primeiro desde a lesão na coxa esquerda sofrida dia 22, contra o Veranópolis. Havia alguma apreensão no Beira-Rio. A temporada do argentino está pontuada por problemas musculares. Foram duas quase em sequência, ao custo de 53 dias e 14 jogos de fora do time principal — de um total de 25 em 2012. D'Ale perdeu o Gre-Nal decisivo da Taça Farroupilha, a partida contra o Santos, no Beira-Rio, e os confrontos com o Fluminense, nas oitavas da Libertadores. Em resumo, os principais jogos do Inter em 2012.
As dificuldades se apresentam justo numa temporada em que o casamento do argentino com a torcida se tornou intenso, com juras de amor eterno. Porque D'Ale iniciou o ano assediado por proposta milionária dos chineses. Pensou em ir, embalado por oferta de quase R$ 1 milhão mensais. A torcida reagiu, suplicou e fez até batucada em frente à sua casa para que ficasse. Ele ficou, mas ainda não conseguiu engatar uma sequência de jogos. O que o aflige e talvez até coopere para a série de lesões.
O Inter toma todos os cuidados com seu camisa 10. O treino de quinta-feira foi assistido de perto pelo médico Luiz Crescente. A caminho do campo, ele breca sua caminhada e avisa, com uma ponta de ansiedade:
— É o teste final do D'Alessandro, se treinar bem e nada sentir, está liberado para a final de domingo.
O argentino treina mais do que bem. Se movimenta, pede a bola, está interessado, joga o coletivo contra juniores como se fosse a sua Libertadores particular. E não deixa de ser. Faz dobradinha com o meia Fred, promessa de novo Tinga lapidada no Beira-Rio. Os dois se afinam, jogam de primeira. O que se ouve no gramado suplementar é apenas a voz rouca e desafinada pedindo a bola:
— Frêdi, Frêdi!
O "Frêdi" atende. O jogo entre eles flui. Surge de tabela entre eles o passe para Gilberto, que sofre pênalti. D'Ale bate e faz. Em seguida, Fred aciona Lima, que vai à linha de fundo e, rezando a cartilha dos bons laterais, olha e cruza para trás. O argentino, a um passo da pequena área, coloca de esquerda. Vem o intervalo, Crescente se aproxima, quer saber como se sente seu paciente mais ilustre naquela tarde. A resposta é positiva.
O ritmo do treino cai no segundo tempo. D'Ale sente a longa parada, também reduz a marcha. Dá o passe para o terceiro gol. Uma hora depois, o coletivo é finalizado. O argentino sai de campo satisfeito. Está nítida sua felicidade. Pergunto sobre a presença na final. Diplomático, ele evita se escalar.
— Não sei se vou jogar, o técnico tem que decidir.
— Como você se sentiu?
— Bem, cara, me senti bem — diz, antes de entrar no vestiário.
Nos bastidores do Inter, há convicção de que ele estará em campo nesta final. Dorival Júnior ainda decidirá se desde o começo ou no segundo tempo. Por D'Ale, ele estaria em campo já, agora. A final com chance de levantar taça pode ser o recomeço ideal.
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