sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Hugo Chávez admite retorno de tumor que pode ser maligno


Presidente da Venezuela viaja nesta sexta para Cuba, onde passará por nova cirurgia


 

Hugo Chávez admite retorno de tumor que pode ser maligno Juan Barreto/AFP
Em discurso a simpatizantes em Caracas, Chávez reafirmou sua candidatura nas eleições de outubro Foto: Juan Barreto / AFP

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, admitiu na noite de quinta-feira que é grande a probabilidade de ter um tumor maligno no mesmo local de onde extraiu um câncer em 2011, na véspera de sua viagem a Cuba para a cirurgia.

— Ninguém pode dizer neste momento que é outro tumor maligno (...) mas a probabilidade de que seja maligno é superior — admitiu o presidente, de 57 anos, que em junho do ano passado retirou um câncer na região pélvica.

— Oxalá não seja (maligno), mas a probabilidade existe (...) e é preciso estar preparado para isto — disse Chávez, que será operado no início da próxima semana, em Havana.

— Vamos enfrentar esta nova batalha e, com a ajuda de Deus, vamos nos sair bem — afirmou.

O tumor, de quase dois centímetros de diâmetro, foi detectado durante exames médicos no sábado passado, em Havana, revelou na terça-feira o presidente, que jamais informou a natureza ou a localização do câncer. Chávez não utiliza a palavra "tumor" para descrever o problema e nega sofrer de metástase, que é a difusão do câncer para outros órgãos.

Segundo o oncologista Carlos Dzik, do Hospital Sírio Libanês de São Paulo, pode se tratar de um "fenômeno no qual o tumor inicial foi retirado, mas por alguma razão, células deste tumor que contaminavam a região não foram retiradas e voltaram a crescer depois de certo tempo.

— É o que chamamos de recorrência local do tumor — explica.

Mais cedo na quinta-feira, Chávez afirmou que seguirá governando após as eleições de outubro, "com câncer ou sem ele".

— Não voltarão (a governar), com ou sem câncer. Com doença ou não, não voltarão ao poder. Podem ter a certeza de que venceremos por nocaute no dia 7 de outubro — garantiu o presidente.

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