Comitê espera definição sobre assinatura do contrato entre Inter e AG até as 18h desta sexta
Comitê Organizador da Copa e a Fifa não querem mais ouvir justificativas para mais atrasos na entrega do documento
É o Inter quem deverá anunciar, nesta sexta-feira, a data da assinatura do contrato de parceria de 20 anos com a Andrade Gutierrez, para a reforma do Beira-Rio. Foi o que disse, na noite de quinta-feira, o presidente da Andrade Gutierrez (AG), Otávio Azevedo, à Rádio Gaúcha.
Às 22h15min, Azevedo enviou mensagem ao repórter da rádio Léo Saballa Jr. No texto, pedia desculpas por não retornar os pedidos de entrevista e reafirmava:
— Até amanhã (hoje), nós e o clube daremos informações precisas — explicou.
Sem paciência com a demora da assinatura, o Comitê Organizador da Copa indica que o prazo se esgota nesta sexta-feira. Como definiu um dirigente do Inter, o comitê está "no pé" do clube depois do último atraso — quer uma garantia de que a obra, parada há 266 dias, recomeça a tempo de ser concluída em dezembro de 2013.
Também por esse motivo, no Beira-Rio se trabalha com o mesmo prazo dado por José Fortunati e Tarso Genro: tudo terá de ser definido até as 18h de hoje. Para que o Beira-Rio não perca a Copa, Estado e município mantêm a perspectiva de um grupo de construção civil gaúcho, capitaneado pela Nex Group, que demonstrou interesse em realizar a obra em troca da exploração do entorno do estádio.
Porém, para tornar viável o modelo, seria preciso negociar com a prefeitura a cessão das áreas e a liberação para a construção.
Dia de idas e vindas
O anúncio sobre maiores informações veio após um dia de muita tensão, provocada, no início da manhã de quinta, pelo próprio Azevedo, que foi evasivo ao ser questionado sobre as razões da demora no acerto.
Com o estádio há 266 dias sem obras, o mal-estar gerou uma série de telefonemas da empresa, no fim do dia, a representantes dos três poderes — prefeitura, Estado e governo federal — para garantir que todos os obstáculos estão superados. Porém, mesmo com a AG assegurando que os últimos detalhes para assinar a parceria com o Inter estão definidos, nenhum dos envolvidos foi dormir tranquilo.
Os contatos, feitos com o Palácio Piratini e o Paço Municipal, por volta das 18h, foram insuficientes para aliviar a tensão. Logo cedo, o presidente da AG tinha dito “não haver prazo” para resolver a questão. Ontem, encerrava-se o período de 15 dias concedido pelo governador Tarso Genro à empresa para solucionar o imbróglio.
Tarso anunciou que a relação do governo com a Andrade Gutierrez “está esgotada”. Em nota, o prefeito José Fortunati disse estar “perplexo” e cobrou uma definição até hoje. No Beira-Rio, uma equipe jurídica do clube analisava as últimas mudanças no contrato de parceria, enviadas pela Andrade Gutierrez no dia anterior.
Constrangido, o presidente Giovanni Luigi evitou entrevistas sobre o assunto. Alegou não haver novidades. Integrantes da diretoria preocupavam-se: uma equipe do cerimonial da AG visitou o Inter na segunda-feira para tratar da assinatura. Mas nenhum contato foi feito depois disso.
No Palácio do Planalto, as notícias do retrocesso nas negociações chegaram à tarde e surpreenderam a equipe de Dilma Rousseff. Há duas semanas, a presidente interveio junto à AG para que apresentasse as garantias do negócio. Pela manhã, Dilma se reuniu com um dos vice-presidentes da AG, e teria ficado satisfeita com as informações sobre o contrato.
À tarde, porém, assustado com a repercussão do caso no Estado, um executivo da construtora telefonou para o chefe de gabinete da presidente, Giles Azevedo. Na conversa, teria assegurado que o contrato deve ser assinado entre segunda e quarta-feira. Azevedo então pediu que avisasse o Estado e a prefeitura — feito em seguida.
Mesmo assim, não houve comemoração. Depois de tantas datas prometidas, os envolvidos na organização da Copa de 2014 tornaram-se um exército de céticos.
Às 22h15min, Azevedo enviou mensagem ao repórter da rádio Léo Saballa Jr. No texto, pedia desculpas por não retornar os pedidos de entrevista e reafirmava:
— Até amanhã (hoje), nós e o clube daremos informações precisas — explicou.
Sem paciência com a demora da assinatura, o Comitê Organizador da Copa indica que o prazo se esgota nesta sexta-feira. Como definiu um dirigente do Inter, o comitê está "no pé" do clube depois do último atraso — quer uma garantia de que a obra, parada há 266 dias, recomeça a tempo de ser concluída em dezembro de 2013.
Também por esse motivo, no Beira-Rio se trabalha com o mesmo prazo dado por José Fortunati e Tarso Genro: tudo terá de ser definido até as 18h de hoje. Para que o Beira-Rio não perca a Copa, Estado e município mantêm a perspectiva de um grupo de construção civil gaúcho, capitaneado pela Nex Group, que demonstrou interesse em realizar a obra em troca da exploração do entorno do estádio.
Porém, para tornar viável o modelo, seria preciso negociar com a prefeitura a cessão das áreas e a liberação para a construção.
Dia de idas e vindas
O anúncio sobre maiores informações veio após um dia de muita tensão, provocada, no início da manhã de quinta, pelo próprio Azevedo, que foi evasivo ao ser questionado sobre as razões da demora no acerto.
Com o estádio há 266 dias sem obras, o mal-estar gerou uma série de telefonemas da empresa, no fim do dia, a representantes dos três poderes — prefeitura, Estado e governo federal — para garantir que todos os obstáculos estão superados. Porém, mesmo com a AG assegurando que os últimos detalhes para assinar a parceria com o Inter estão definidos, nenhum dos envolvidos foi dormir tranquilo.
Os contatos, feitos com o Palácio Piratini e o Paço Municipal, por volta das 18h, foram insuficientes para aliviar a tensão. Logo cedo, o presidente da AG tinha dito “não haver prazo” para resolver a questão. Ontem, encerrava-se o período de 15 dias concedido pelo governador Tarso Genro à empresa para solucionar o imbróglio.
Tarso anunciou que a relação do governo com a Andrade Gutierrez “está esgotada”. Em nota, o prefeito José Fortunati disse estar “perplexo” e cobrou uma definição até hoje. No Beira-Rio, uma equipe jurídica do clube analisava as últimas mudanças no contrato de parceria, enviadas pela Andrade Gutierrez no dia anterior.
Constrangido, o presidente Giovanni Luigi evitou entrevistas sobre o assunto. Alegou não haver novidades. Integrantes da diretoria preocupavam-se: uma equipe do cerimonial da AG visitou o Inter na segunda-feira para tratar da assinatura. Mas nenhum contato foi feito depois disso.
No Palácio do Planalto, as notícias do retrocesso nas negociações chegaram à tarde e surpreenderam a equipe de Dilma Rousseff. Há duas semanas, a presidente interveio junto à AG para que apresentasse as garantias do negócio. Pela manhã, Dilma se reuniu com um dos vice-presidentes da AG, e teria ficado satisfeita com as informações sobre o contrato.
À tarde, porém, assustado com a repercussão do caso no Estado, um executivo da construtora telefonou para o chefe de gabinete da presidente, Giles Azevedo. Na conversa, teria assegurado que o contrato deve ser assinado entre segunda e quarta-feira. Azevedo então pediu que avisasse o Estado e a prefeitura — feito em seguida.
Mesmo assim, não houve comemoração. Depois de tantas datas prometidas, os envolvidos na organização da Copa de 2014 tornaram-se um exército de céticos.
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